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Endividado, dono do Madero se diz arrependido de apoio a Bolsonaro e falas contra o isolamento

Na época, ele endossou a campanha do candidato derrotado e afirmou que o país não podia parar por "cinco ou sete mil mortes"

Junior Durski, chef e dono da rede MaderoJunior Durski, chef e dono da rede Madero - Foto: Divulgação

Em entrevista ao jornal O Globo deste domingo (4), o presidente do Grupo Madero, Luiz Renato Durski Junior, conhecido como chef Junior Durski, disse que se arrepende das críticas ao isolamento social durante a pandemia da Covid-19. Na época, ele afirmou que o país não podia parar por “cinco ou sete mil mortes”.

O empresário, que tem acumulado uma dívida quase bilionária nos últimos anos, afirmou também que não deveria ter apoiado Jair Bolsonaro (PL) nas últimas eleições. Na entrevista, ele lembrou das palavras do seu avô, que tinha o açougue na fazenda e mercadinho, que dizia: “Junior, quem abriu comércio não tem candidato, não tem político. Não pode tomar partido muito fácil porque para o negócio não é bom”.

Dívida bilionária
O Grupo Madero, no segundo trimestre do ano passado, apresentava uma dívida bruta próxima de R$ 1 bilhão, prejuízos acumulados acima de R$ 700 milhões, queima de caixa que deixou o grupo com apenas R$ 40 milhões e um plano de expansão visto com apreensão no mercado.

Apesar de dizer não terem sido suas declarações que afetaram o negócio, ele comentou que não repetiria mais uma declaração desse tipo. “Mas, se me perguntar: ‘Faria de novo?’. Não, eu iria seguir a recomendação do meu avô e tocar a vida. A torcida é muito grande para que tudo dê muito certo. E naquilo que a gente puder ajudar é o que tem de acontecer. O Brasil é um país maravilhoso, forte, com um povo muito trabalhador, uma potência mundial em trabalho, em território, que é abençoado. Já passamos por tanto. Está difícil, mas nunca foi fácil”, contou ao jornal.

Cenário econômico
Em relação À política econômica do novo governo, o empresário disse estar otimista. “Não é que eu não entenda, mas o meu negócio no Madero é fritar hambúrguer. O input dos bancos está bem, mais devagar do que deveria, mas a perspectiva é que vai melhorar, que o mercado devagarinho vai retomando, como está retomando. O mercado de capitais deve abrir. Ninguém sabe quando, mas a gente tem de estar pronto. Vamos trabalhar como se não tivesse IPO (Initial Public Offering” ou “Oferta Pública Inicial). Ir pagando a dívida no fluxo”, encerra.

 

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