Engasgo: saiba quais são os sete alimentos que mais oferecem risco às crianças
Modo de preparar e servir as comidas são as principais formas de evitar o problema
O engasgo é uma das principais causas de acidentes graves em bebês e crianças pequenas. Embora isso possa acontecer com uma infinita lista de alimentos, os alimentos com formato pequeno e arredondado oferecem os maiores riscos.
Entre os principais causadores de engasgo em crianças estão:
Pipoca;
Milho da pipoca;
Uva;
Morango;
Tomate cereja;
Azeitonas;
Balas.
Alimentos muitos secos como castanhas e amendoins também são grandes vilões. Pedaços de carnes e frangos, quando cortados em quadrados, e um pouco maiores do que as crianças estão habituadas a ingerir, também podem bloquear as vias respiratórias e causar o engasgo.
Cuidado no preparo dos alimentos
Uma grande parte de como evitar o engasgo nas crianças é no modo de preparar e servir a refeição. É importante que os pais sempre tentem cortar carnes, frangos, frutas em pedaços pequenos, ou em forma de palitos na espessura de um dedo mindinho, para se forem engolidos sem a mastigação necessária, eles não fiquem presos na garganta.
A salsicha do cachorro-quente, por exemplo, é um alimento que frequentemente causam engasgo, pois são cortados em formas arredondadas e às vezes grossa. Se sugados, sem a mastigação, elas podem entalar na garganta, causando o engasgo. Neste caso, os pais devem cortar as rodelas em quatro pedaços pequenos.
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Líquidos ingeridos na mamadeira, como a água ou o leite, também podem causar engasgos dependendo da posição que o bebê ingere a bebida. Neste caso, é importante que os pais estejam atentos para não deixar o bebê em posições muito deitadas enquanto estão ingerindo líquidos.
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Brinquedos pequenos, como peças de montagem e bonecos soltos, pilhas, baterias, moedas, botões e pedrinhas também estão entre os objetos que as crianças, principalmente até os dois anos, colocam na boca e podem se engasgar com elas.
O que é o engasgo
Apesar de parecer algo normal, o engasgo é a causa da morte de cerca de 3 mil pessoas por ano no Brasil. Além de provocar uma tosse incessante, se não for tratado pode causar uma asfixia causada pela obstrução das vias respiratórias e que pode fazer com que a pessoa tenha uma parada cardiorrespiratória, desmaie e levando ao óbito.
O engasgo nada mais é do que a resposta do organismo para tentar expelir um corpo que entrou “pelo caminho errado” na hora de engolir a comida. Esse erro é evitado graças a uma estrutura chamada epiglote, localizada atrás da língua, que funciona como uma válvula. Ela normalmente permanece aberta, para que o ar entre na traqueia e chegue aos pulmões. Mas, na hora de engolir, essa estrutura se fecha para que a comida não entre nas vias respiratórias, e sim no caminho para o estômago.
O que fazer nesses casos?
A forma mais utilizada para desengasgar uma pessoa é a manobra de Heimlich. Ela envolve uma pressão, realizada por uma outra pessoa que não esteja engasgando, na região da boca do estômago (região epigástrica) para ajudar o corpo a expelir o alimento, ou objeto, que esteja obstruindo a traqueia.
De acordo com o Ministério da Saúde, a outra pessoa deve se posicionar por trás da que está se engasgando e abraçá-la na região do abdômen. Nessa hora, uma das mãos deve permanecer fechada na área da boca do estômago, como formando um punho, enquanto a outra mão é posicionada sobre ela, comprimindo-a.
Então, é preciso realizar um movimento de gancho, empurrando a área da boca do estômago para dentro e para cima, como se fosse levantar a pessoa que está engasgando do chão. Isso deve ser feito repetidas vezes até que o alimento, ou objeto, seja expelido pela vítima. Em crianças, é necessário ajoelhar-se antes de dar início ao protocolo, para ficar na altura correspondente.
Entretanto, se for um bebê, com menos de um ano de idade, essa manobra não é aconselhada. Nesse caso, deve-se colocar o bebê de bruços em cima do seu braço, levemente inclinado para baixo, e fazer cinco compressões no meio das costas, na região entre as escápulas. Caso ainda assim o bebê não desengasgue, a pessoa deve virá-lo para cima e realizar mais cinco compressões sobre o osso que divide a região do peito, o esterno.
Mesmo com as manobras, é importante que a emergência médica seja chamada para realizar os primeiros socorros com eficiência.