Entenda doença que deixou parte do rosto da jornalista Fernanda Gentil sem movimentos
Jornalista ficou com parte do rosto paralisado e falou sobre o diagnóstico
Fernanda Gentil revelou que está sofrendo com uma paralisia facial. Em vídeo publicado no YouTube, a jornalista falou sobre os primeiros sinais da doença. A apresentadora relatou que, ao encontrar o filho Gabriel, sentiu algo diferente. "Quando ele chegou, eu obviamente agarrei ele, abracei, beijei, espremi, e senti que fiquei com a boca meio dormente. Passou aquela euforia toda, esqueci, distraí", disse.
Segundo Fernanda, a situação se agravou durante o trabalho. "Comecei a mandar vários beijos e não saia, a boca não firmava, sabe?", explicou. A artista contou que a preocupação aumentou quando percebeu que metade do rosto não respondia como deveria: "Percebi que o lado da esquerda, que era justamente o que estava incomodando a minha boca, não estava correspondendo com o lado da direita."
Fernanda conversou com a mulher, Priscila Montandon, e decidiu buscar orientação médica. Ela foi diagnosticada com Paralisia de Bell. "Não tem uma origem certa do que pode causar, tem várias opções. Estresse pode ser uma delas, mas também é uma possibilidade o vírus da herpes, que eu tenho [no meu corpo]", detalhou.
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Tomando medicamentos, Fernanda falou que os movimentos do seu rosto ainda não voltaram ao normal. "Ela [a paralisia] pode dar uma vez na vida e nunca [mais], mas pode deixar sequelas", pontuou. A famosa fez questão de conscientizar o público sobre a doença: "É para alertar vocês a ouvirem muito os sinais do corpo de vocês. Não silenciarem nada, não negarem nada, fingirem que não estão vendo."
Conheça a doença
A paralisia de Bell é um distúrbio que provoca paralisia dos músculos de um dos lados do rosto e faz com que a pessoa tenha dificuldade para realizar movimentos simples, como franzir a testa, erguer a sobrancelha, piscar ou fechar os olhos, sorrir e mostrar os dentes. A paralisia pode atingir homens e mulheres de qualquer idade, mas incidência costuma ser maior depois dos 40 anos.
Ela se instala em virtude de uma reação inflamatória envolvendo o nervo facial, que incha e fica comprimido dentro de um estreito canal ósseo localizado atrás da orelha. Essa alteração o impede de transmitir os impulsos nervosos para os músculos responsáveis pela mímica facial, provocando incapacidade funcional e assimetria da expressão.
O quadro pode ter causas metabólicas como o diabetes mellitus, pré-eclâmpsia, acidente vascular cerebral (AVC), infecções virais como o vírus da influenza e outras doenças infecciosas. Estresse, fadiga extrema, mudanças bruscas de temperatura, baixa da imunidade, tumores e traumas, distúrbios na glândula parótida também estar envolvidos no aparecimento da doença.
Ainda não foi identificada a causa exata da paralisia de Bell. No entanto, os estudos sugerem que o quadro pode estar correlacionado com uma infecção por bactérias (doença de Lyme) ou vírus que atingem o nervo facial, tais como o vírus do herpes simples (labial e genital), e do herpes zóster (catapora/varicela), o Epstein-barr (mononucleose), o citomegalovírus, o adenovírus e os vírus da rubéola e da gripe.
Ao que tudo indica, os casos se tornam mais frequentes em pessoas com história familiar da doença, durante o terceiro trimestre da gravidez e na primeira semana após o parto, nas pessoas com diabetes e nos casos de infecções respiratórias, como gripes e resfriados.
A paralisia de Bell geralmente se resolve por conta própria em seis meses. A fisioterapia pode ajudar a impedir que os músculos se contraiam de forma permanente. Além dos exercícios, ao longo da recuperação, o paciente pode ser orientado ao uso de medicamentos e fonoaudiologia. Não existe, entretanto, uma conduta terapêutica padrão para a doença.
É possível evitar a paralisia de Bell? Como é provável que a causa seja uma infecção, em geral, a paralisia de Bell não pode ser evitada. Como ela pode estar ligada a diversos vírus, não há forma conhecida para a prevenção da doença.