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GUERRA NA UCRÂNIA

Entenda por que a Ucrânia mudou a data do Natal para 25 de dezembro

Decisão de mudar a data do Natal é a mais recente de uma série de medidas que a Ucrânia tomou nos últimos anos para se distanciar de Moscou

Padres e crentes otrodoxos participam de um culto que marca o 1035º aniversário da conversão de Kyivan Rus ao cristianismoPadres e crentes otrodoxos participam de um culto que marca o 1035º aniversário da conversão de Kyivan Rus ao cristianismo - Foto: Sergei Supinsky / AFP

O presidente ucraniano Volodimir Zelensky assinou, nesta sexta-feira (28), uma lei que muda a celebração do Natal para 25 de dezembro e não mais em 7 de janeiro, como costuma ser.

"A população ucraniana esteve por muito tempo sujeita à ideologia russa em quase todas as esferas da vida, inclusive com o calendário juliano e a celebração do Natal em 7 de janeiro", disse a nota que explica o projeto de lei, aprovado pelos parlamentares em meados de julho.

No entanto, continua o texto, "o poderoso renascimento da nação ucraniana continua. A luta contínua e frutífera por sua identidade contribui para a consciência e o desejo de cada ucraniano em viver sua própria vida, com suas próprias tradições, suas próprias celebrações".

A decisão de mudar a data do Natal é a mais recente de uma série de medidas que a Ucrânia tomou nos últimos anos para se distanciar de Moscou, que já havia começado com as mudanças de nome de ruas e de cidades que remetiam à era soviética.

A lei ilustra o distanciamento que cresceu entre as igrejas ucraniana e russa, ampliado pela ofensiva russa lançada em fevereiro de 2022.

Localizada por vários séculos sob a tutela religiosa da Rússia, a Igreja Ortodoxa Ucraniana foi declarada em 2019 'autocéfala' e independente do Patriarcado de Moscou.

A Igreja Ucraniana, leal a Moscou, também declarou sua independência em maio de 2022, quando o patriarca russo Cirilo apoiou a guerra.

Um punhado de igrejas ortodoxas em todo o mundo, incluindo as da Rússia e da Sérvia, ainda usam o calendário juliano para suas celebrações religiosas e não o calendário gregoriano, concebido no final do século XVI.

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