Entidades ligadas à educação avaliam protocolo para retomada das aulas presenciais em PE
Presidente do sindicato das escolas particulares diz que documento reflete o que foi discutido. Já o dirigente do Sintepe defende que diretrizes contemplem diferenças entre as instituições
O protocolo para o retorno das atividades escolares presenciais, divulgado nesta quarta-feira (15) pelo Governo do Estado, está sendo avaliado pelas entidades do setor. Entre as ações que as unidades de ensino devem adotar, está a limitação do número de alunos nas salas de aula, nos refeitórios e cantinas e nos veículos de transporte escolar, com afastamento entre as bancas e lugares demarcados para as filas. Todos, diretores, funcionários e alunos, sempre de máscara e com álcool em gel disponível (veja no infográfico abaixo). Ainda não há, porém, data para o retorno.
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Diniz, considera que o documento não trouxe surpresas e reflete o que vem sendo discutido nos últimos meses. “Nada de novo sob o sol”, comenta. “Todos os critérios, a experiência dos países que já começaram o retorno. São normas técnicas que vêm com um saber científico e não nos cabe contestar. Vamos aguardar agora o protocolo executivo, que vai estabelecer o cronograma”.
Na visão do dirigente do Sinepe, a rede particular já está preparada para a retomada. "Desde o começo de junho, a gente vem nessa discussão, e as escolas estão se preparando desde então. Agora é ver esse protocolo e buscar restabelecer o calendário", espera.
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Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), Fernando Melo, classificou o documento como genérico e disse que a categoria solicitará uma reunião com o Governo para esclarecer alguns pontos. “Nós temos uma diversidade muito grande de escolas, mais de mil. A maioria não atende [as condições] por conta do espaço de sala de aula, da merenda, do refeitório. Precisamos fazer uma discussão sobre as especificidades”, avalia.
Ele também defendeu a cautela em relação à definição das datas para o retorno. "É importante que não haja data porque ainda não estamos em condições de retorno seguro", argumenta.