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ONU

Enviada especial da ONU para Mianmar renuncia, diz porta-voz

Heyzer é socióloga de Singapura e foi nomeada por Guterres em 2021, encarregada de pressionar a junta militar do país asiático

 Heyzer vai renunciar após um mandato de 18 meses em que foi criticada pela junta e seus oponentes e com o país em turbulência. Heyzer vai renunciar após um mandato de 18 meses em que foi criticada pela junta e seus oponentes e com o país em turbulência. - Foto: AFP

A enviada especial das Nações Unidas para Mianmar, Noeleen Heyzer, deixará o cargo, informou nesta quarta-feira (31) à AFP o porta-voz do chefe da ONU.

"Noeleen Heyzer, Enviada Especial do secretário-geral em Mianmar, concluirá sua missão em 12 de junho", disse Stéphane Dujarric, sem explicar o motivo de sua saída.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, "é grato à Sra. Heyzer por seus incansáveis esforços em nome da paz e do povo de Mianmar", acrescentou Djurric. Um novo enviado será nomeado.

Heyzer, uma socióloga de Singapura, foi nomeada por Guterres em 2021 e se encarregou de pressionar a junta militar de Mianmar para iniciar um diálogo político com seus adversários.

Ele visitou a nação do sudeste asiático em agosto passado e se reuniu com o chefe da junta, Min Aung Hlaing, e outros oficiais militares do alto escalão, em um movimento criticado por grupos de direitos humanos. Heyzer também teve negada uma reunião com a líder democraticamente eleita, Aun San Suu Kyi, atualmente presa, e posteriormente foi acusada por comandantes militares de forjar uma "declaração unilateral" sobre o que foi discutido.

Mianmar sofre uma profunda crise desde o golpe de 2021 que provocou novos confrontos com rebeldes étnicos e a formação de dezenas de unidades das "Forças de Defesa do Povo", que agora lutam contra a junta.

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