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NEGOCIAÇÃO

Enviado de Trump diz que Putin quer acordo de 'paz permanente' com a Ucrânia

O representante estadunidense disse que foi necessário um "tempo para chegar a este ponto", mas que podem "estar próximos de algo que seria muito importante para o mundo"

Dois homens se consolam enquanto psicólogos da polícia ucraniana prestam assistência aos moradores locais após um ataque com mísseis em Sumy, UcrâniaDois homens se consolam enquanto psicólogos da polícia ucraniana prestam assistência aos moradores locais após um ataque com mísseis em Sumy, Ucrânia - Foto: Oleg VORONENKO / AFP

O enviado especial de Donald Trump declarou na segunda-feira (14) que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se declarou favorável a um acordo de "paz permanente" com a Ucrânia em uma recente reunião em São Petersburgo.

O presidente dos Estados Unidos pressiona Moscou e Kiev para que acabem com mais de três anos de guerra, mas até o momento não obteve grandes concessões do Kremlin após várias reuniões entre delegações russas e americanas.
 

Na sexta-feira, o enviado especial Steve Witkoff se encontrou com Putin em São Petersburgo, em sua terceira reunião desde o retorno de Trump à Casa Branca em janeiro.

Em uma entrevista exibida pela Fox News na segunda-feira, Witkoff disse que vê um acordo de paz "emergir". "O pedido de Putin é conseguir uma paz permanente", afirmou.

"Levamos algum tempo para chegar a este ponto, mas acredito que podemos estar próximos de algo que seria muito, muito importante para o mundo", declarou.

Witkoff disse ainda que, durante a negociação, os dois abordaram possíveis acordos empresariais entre Estados Unidos e Rússia.

"Acredito que há uma possibilidade de remodelar a relação Rússia-Estados Unidos com algumas oportunidades comerciais muito atraentes, que acho que darão estabilidade real à região", disse.

Apesar das ações diplomáticas e da aproximação de Moscou, a campanha de Trump para obter um cessar-fogo na Ucrânia não apresentou grandes resultados até o momento.

Putin rejeitou em março uma proposta de Kiev e Washington para uma trégua completa e incondicional no conflito. O Kremlin também condicionou o fim das hostilidades no Mar Negro ao fim das sanções ocidentais.

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