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Enviado especial de Xi Jinping assiste à posse de Maduro

Maduro assumiu o cargo na sexta-feira para um terceiro mandato consecutivo

O presidente da Venezuela, Nicolás MaduroO presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Foto: Federico Parra / AFP

O presidente da China, Xi Jinping, enviou um emissário especial para a posse do mandatário venezuelano Nicolás Maduro, informou a agência de notícias estatal Xinhua neste sábado (11), ressaltando a posição de Pequim como um dos poucos aliados internacionais de Caracas.

Maduro assumiu o cargo na sexta-feira para um terceiro mandato consecutivo em uma cerimônia denunciada como ilegítima pela oposição e internacionalmente.

Os Estados Unidos elevaram para US$ 25 milhões (152 milhões de reais) a recompensa por qualquer informação que leve à captura do presidente venezuelano.

Washington e Londres impuseram sanções ao governo Maduro, e apenas dois líderes regionais importantes -- o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, e o ex-guerrilheiro nicaraguense Daniel Ortega -- compareceram à sua posse.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou o líder chavista, mas os tradicionais aliados de esquerda, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se abstiveram.

O enviado chinês Wang Dongming reuniu-se com Maduro no palácio presidencial após a cerimônia de posse.

"Wang transmitiu as cordiais saudações e os bons votos de Xi a Maduro e o parabenizou por sua reeleição como presidente da Venezuela", informou a Xinhua.

Os dois líderes reforçaram a "parceria estratégica" entre China e Venezuela, e Wang disse que Pequim está disposto a "desenvolver" sua amizade e "impulsionar" as relações bilaterais.

"Maduro pediu a Wang que transmitisse a Xi seu maior respeito e suas sinceras saudações", acrescentou a Xinhua.

A Venezuela "está disposta a somar forças com a China para [...] elevar os laços bilaterais a um novo patamar", disse Maduro, segundo a mesma fonte.

Maduro tomou posse na sexta-feira para seu terceiro mandato consecutivo de seis anos em meio a acusações de fraude.

O candidato da oposição Edmundo González Urrutia alega ter vencido a eleição presidencial de 28 de julho e reiterou na República Dominicana, na quinta-feira, que é o "presidente eleito".

Urrutia, que foi reconhecido pelos Estados Unidos e por grande parte da América Latina como o vencedor legítimo, disse que Maduro havia "coroado a si mesmo como ditador" e dado um "golpe de Estado".

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