Equador diz que evitou novos confrontos em presídio onde 44 presos morreram
Conflito na prisão Bellavista foi originado por brigas entre gangues rivais
Policiais e militares do Equador impediram, nesta quarta-feira (11), uma nova tentativa de motim no mesmo presídio onde morreram 44 detentos esta semana, informou o SNAI, organismo responsável pela administração das prisões.
Autoridades "evitam motim" na prisão Bellavista de Santo Domingo, a cerca de 80 km de Quito, apontou o SNAI em sua conta do Twitter.
A entidade acrescentou que, "diante do alerta de possíveis incidentes", a Polícia e as Forças Armadas realizaram operações de controle e que "não foram registradas agitações" dentro do centro carcerário.
Do lado de fora do presídio de Bellavista, havia uma forte presença de militares e policiais em carros e motos, segundo imagens publicadas pela organização na mesma rede social.
Policiais também foram vistos percorrendo o interior dos pavilhões onde os internos estão alojados.
Na madrugada de domingo para segunda-feira (9), 44 presos morreram esfaqueados em suas celas na prisão de Bellavista durante uma briga entre gangues rivais.
Este é o sexto massacre em uma prisão no Equador registrado desde fevereiro de 2021, elevando para quase 400 o número de prisioneiros mortos em tumultos violentos dentro das penitenciarias.
Após o violento conflito, 220 detidos fugiram da prisão. As autoridades anunciaram a recaptura de 200 deles e ofereceram uma recompensa de até 5.000 dólares por informações sobre o paradeiro daqueles que seguem fugitivos.
Para conter a violência, o governo do presidente Guillermo Lasso transferiu seis líderes de gangues para dois presídios de segurança máxima.
A rebelião na prisão de Santo Domingo ocorreu um mês após uma semelhante na prisão de El Turi, que deixou 20 mortos.