Justiça

Equador processa México à CIJ por conceder asilo ao ex-vice-presidente Glas

Jorge Glas é investigado por corrupção e por interferir nos assuntos internos do país

Ex-vice-presidente do Equador, Jorge GlasJorge GlasEx-vice-presidente do Equador, Jorge GlasJorge Glas - Foto: Reprodução / Wikipedia

O Equador processou, nesta segunda-feira (29), o México perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) por conceder asilo ao ex-vice-presidente Jorge Glas, investigado por corrupção, e por interferir nos assuntos internos, informou a Chancelaria.

"O Agente do Equador apresentou na Corte Internacional de Justiça (CIJ) a denúncia do Equador contra o México, pelas violações do México em uma série de obrigações internacionais, devido à conduta deste país desde 17 de dezembro de 2023", quando Glas se refugiou na legação, disse a Chancelaria em comunicado.

A partir de terça-feira, a CIJ pretende ouvir os argumentos de ambos os países sobre o ataque das forças policiais equatorianas à embaixada mexicana em Quito, após uma denúncia do Governo mexicano.

Em 5 de abril, a força pública equatoriana invadiu a legação mexicana para prender Glas, que havia recebido asilo daquele país.

Quito qualificou de "ilícito", alegando que o ex-vice-presidente (2013-2017) está sendo investigado por desvio de verba pública e que tem duas condenações por corrupção.

O México, por outro lado, denunciou que este ato violava a Convenção de Viena e sustenta que é o país que concede o asilo o responsável por determinar se é adequado ou não.

Em um dos casos de suborno, Glas foi condenado em 2020 junto com o ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017), de quem foi vice-presidente.

Em sua denúncia, o Equador solicita que seja declarado que o México "não cumpriu, entre outras, com suas obrigações de não conceder asilo a pessoas que estão sendo processadas ou julgadas por crimes comuns ou que foram condenadas por tribunais ordinários", como é o caso de Glas.

Quito queixa-se também das declarações "falsas e caluniosas" do presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, que colocaram "em dúvida a legitimidade das eleições de 2023 no Equador", ao questionar o assassinato do candidato Fernando Villavicencio.

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