Equador prolonga estado de exceção por violência ligada ao tráfico
Em princípio, deveria durar 60 dias, mas a Corte Constitucional limitou sua vigência a 30 dias, ao considerar que o governo não justificou a necessidade de sua prorrogação por dois meses
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, renovou por mais 30 dias, nesta quinta-feira (19), um estado de exceção decretado para enfrentar o aumento da violência relacionada com o tráfico de drogas - informou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
O decreto "dispõe a mobilização das Forças Armadas" em nove das 24 províncias para complementar as funções da Polícia Nacional de controle cooperativo nos âmbitos necessários de segurança cidadã, proteção interna, prevenção de delito", disse o ministério em um comunicado.
O estado de exceção se aplica a El Oro, Guayas, Santa Elena, Manabí, Los Ríos, Esmeraldas, Santo Domingo de los Tsáchilas, Pichincha e Sucumbíos.
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Foi declarado em 18 de outubro, alegadamente pelo aumento da criminalidade ligada ao tráfico de drogas. Em princípio, deveria durar 60 dias, mas a Corte Constitucional limitou sua vigência a 30 dias, ao considerar que o governo não justificou a necessidade de sua prorrogação por dois meses.
O presidente Lasso alegou, à época, que o país passava por uma "grave comoção interna" e atribuiu a violência ao narcotráfico.
Entre janeiro e novembro deste ano, a polícia apreendeu 167 toneladas de drogas. Deste total, 16 toneladas foram apreendidas nos últimos 30 dias, durante o estado de emergência.
A taxa de homicídios neste país andino de 17,7 milhões de habitantes passou de 7,8 a cada 100 mil habitantes, em 2020, para 10,6, entre janeiro e outubro de 2021, segundo o governo.