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Coronavírus

Equador quer produzir vacina contra Covid-19; são mais de 6 mi de infectados na América Latina

O novo coronavírus matou 766.646 pessoas em todo o planeta e infectou mais de 21,5 milhões

Enterro de vítima da Covid-19 em cemitério de GuayaquilEnterro de vítima da Covid-19 em cemitério de Guayaquil - Foto: Jose Sánchez / AFP

O Equador se somou neste domingo aos países interessados em produzir uma vacina contra a Covid-19, que afeta, principalmente, a região América Latina e Caribe, com mais de 6 milhões de infectados. Já em uma Europa que teme a segunda onda, a Itália fechou suas casas noturnas.

O novo coronavírus matou 766.646 pessoas em todo o planeta e infectou mais de 21,5 milhões. Nos últimos sete dias, quase metade das mortes ocorreram na região América Latina e Caribe, que contabiliza 240.194 vítimas fatais desde o início da pandemia, de acordo com um balanço da AFP com base em dados oficiais. Esta região soma 6.114.634 casos.

Diante de um vírus que não dá trégua, a esperança passa por uma vacina. O Equador, um dos países latinos mais atingidos pela pandemia, com mais de 100 mil casos da doença, manifestou hoje interesse em fabricar uma vacina. "O Equador também tem capacidade de fabricar vacinas contra a Covid-19, assim como Argentina, Colômbia e México, que manifestaram interesse em produzi-las", assinalou o ministro da Saúde equatoriano, Juan Carlos Zevallos.

Autoridades russas anunciaram ontem avanços na produção de sua vacina, Sputnik V. "O primeiro lote da nova vacina contra o coronavírus foi produzido no Centro de Pesquisas Gamaleya", afirma o ministério da Saúde da Rússia em um comunicado, a respeito do fármaco anunciado na terça-feira pelo presidente Vladimir Putin.

Cientistas ocidentais, no entanto, expressaram ceticismo e prosseguem com diversos projetos de vacinas. Na América Latina, Argentina e México anunciaram durante a semana um acordo para produzir, em todo continente, a vacina em estudo pelo laboratório AztraZeneca e a Universidade de Oxford. O Brasil não integra o projeto por ter os próprios acordos com laboratórios e universidades. 

O governo dos Estados Unidos, que investiu mais de 10 bilhões de dólares em seis projetos de vacinas e assinou contratos que garantem a entrega de centenas de milhões de doses em caso de êxito, prometeu vacinar os americanos de maneira gratuita.

Europa 
A Europa, sacudida pelo vírus no começo do ano, prepara-se para uma possível segunda onda de infecções. Na Espanha, o governo decretou a proibição do fumo nas ruas se não houver distanciamento, além do fechamento de casas noturnas e bares. O retorno das medidas gerou um protesto hoje nas ruas de Madri.

A Itália anunciou nesta seguda-feira o fechamento das boates e a obrigação do uso de máscara à noite em locais públicos.

Sinal verde para o turismo no Brasil
O Brasil, com 3,3 milhões de casos e 107.852 mortos, é o país mais afetado da região. Apesar do balanço, os principais pontos turísticos do Rio de Janeiro, incluindo o Cristo Redentor, reabriram para o público, após cinco meses de interrupção das atividades.  

Depois do Brasil, a lista de países mais afetados da região inclui o Peru, que no domingo bateu pelo segundo dia consecutivo o recorde com 10.043 casos novos em 24 horas e 206 mortes, para um total de 535.946 casos e 26.281 vítimas fatais. O Peru registra o balanço mais grave em termos proporcionais da região, com 784 mortes para cada milhão de habitantes (a população total é de 32,9 milhões).

No México (522.162 infectados e 56.757 mortos), o governo declarou 30 dias de luto nacional a partir do fim de semana. Proporcionalmente, em relação à sua população, o Peru registra o maior número de mortos da região, com 784 a cada 1 milhão de habitantes.

A Colômbia registra uma aceleração do ritmo de transmissão e se aproxima de 500.000 contágios. Há um mês, o país registrava 173.000 casos. O impacto da pandemia também se reflete na Argentina, onde o governo prorrogou o isolamento social, que já dura 148 dias, até o fim do mês. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a prorrogação por uma semana do confinamento reforçado em todo o país, que registrou pela primeira vez mais de 1.000 casos em um dia. 

Já em El Salvador, que registra 22.912 casos e 612 mortos, a Conferência Episcopal do país anunciou que as igrejas serão reabertas no próximo dia 30, após cinco meses.

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