Equador vai declarar toque de recolher durante apagão nacional programado
O País prevê suspender o serviço de energia para "realizar uma manutenção preventiva em todas as instalações" do sistema
O governo do Equador anunciou, nesta segunda-feira (16), que irá decretar um toque de recolher como medida de segurança durante um apagão programado de oito horas entre as próximas quarta e quinta-feira (18 e 19) em todo o país.
"O governo vai anunciar em breve (...) que será estabelecido um toque de recolher para que seja obrigatório estar nas residências e diminuir o nível de risco" enquanto durar o corte de energia elétrica, disse à imprensa a ministra do Interior, Mónica Palencia.
O Equador, que sofreu racionamento de energia em abril por causa de uma seca que pôs em risco as usinas hidrelétricas, prevê suspender o serviço entre as 22h locais (00h em Brasília) de quarta-feira e as 06h (08h de Brasília) de quinta para "realizar uma manutenção preventiva em todas as instalações" do sistema.
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Os trabalhos serão realizados em quatro subestações do sistema nacional de transmissão, nas províncias de Morona Santiago (sudeste), Santa Elena e Guayas (ambas a sudoeste), e Azuay (sul), informou o governo neste domingo.
Palencia indicou que a polícia colocará "mais de 46.000 homens de prontidão para agir diante de qualquer emergência" que possa ocorrer durante o apagão no país, transformado em ponto de saída de drogas e centro operacional de quadrilhas que praticam assassinatos, extorsões e sequestros.
As Forças Armadas também previram realizar operações, sobre as quais a ministra não deu detalhes.
O Equador, que tem um déficit energético de cerca de 1.000 megawatts, sofreu em abril racionamentos de até 13 horas seguidas devido ao qual as represas de várias hidrelétricas caíram para seus níveis mínimos.
Em meados de junho, um corte generalizado de energia provocado por uma falha na linha de transmissão surpreendeu os equatorianos.
E em 7 de setembro, um "erro humano", segundo as autoridades, provocou uma interrupção de energia em várias províncias.
Para fazer frente ao déficit, o país contratou uma barcaça elétrica de uma empresa turca com capacidade para gerar cerca de 100 megawatts.