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Equipe de Claudia Sheinbaum promete responsabilidade fiscal no México

Sheinbaum, de 61 anos, venceu com esmagadora maioria de votos as eleições presidenciais mexicanas

Claudia Sheinbaum, nova presidente do México, do partido governista Morena Claudia Sheinbaum, nova presidente do México, do partido governista Morena  - Foto: Ulises Ruiz/AFP

O secretário da Fazenda do México, Rogelio Ramírez de la O, disse, nesta terça-feira (4), que a política econômica do governo da presidente eleita, Claudia Sheinbaum, será concentrada na estabilidade macroeconômica e responsabilidade fiscal.

O funcionário, que permanecerá no cargo durante o governo de Sheinbaum, falou aos investidores após a bolsa de valores e o peso mexicano sofrerem fortes quedas na segunda-feira por temores a que o partido no poder dominasse o Congresso, o que permitiria mudanças profundas na Constituição.

"Confirmo às organizações internacionais e aos investidores privados que o nosso projeto é baseado na disciplina financeira, no cumprimento da autonomia do Banco do México (central), na adesão ao Estado de direito e na facilitação do investimento privado nacional e estrangeiro", declarou em um comunicado emitido pela Secretaria da Fazenda.

Acrescentou que o governo atualizará a comunicação com os investidores e agências de classificação de risco para confirmar as prioridades de "estabilidade macroeconômica, responsabilidade fiscal e viabilidade" dos seus objetivos fiscais.

Afirmou ainda que fortalecerá a colaboração com a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex) "aproveitando o apoio do Congresso para otimizar o bom uso dos recursos públicos".

Sheinbaum, de 61 anos, venceu com esmagadora maioria de votos as eleições presidenciais mexicanas realizadas no último domingo.

Um dos seus maiores desafios é um déficit fiscal para este ano de 5,9% do PIB, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), e a difícil situação financeira da Pemex.

Espera-se que a sua coligação, composta pelo governante Morena, pelo Partido Verde e o Partido do Trabalho, domine o Congresso bicameral, para que possam modificar a Constituição sem negociar com outras forças políticas.

O novo Congresso mexicano tomará posse em 1º de setembro.

Entre as mudanças que o presidente em final de mandato, Andrés Manuel López Obrador, ainda buscaria, está o chamado "Plano C", que implica uma reforma profunda do Poder Judiciário para que juízes e magistrados sejam eleitos por voto popular.

Diante dessa possibilidade, o peso mexicano caiu 4,3% durante as negociações de segunda-feira, enquanto a Bolsa Mexicana de Valores despencou 6,01%.

 

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