TURQUIA

Erdogan agradece a Sánchez por seu posicionamento sobre a guerra em Gaza

Nos últimos meses, a Espanha se tornou a voz mais crítica dentro da UE em relação ao governo de Benjamin Netanyahu

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan (esq), e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, realizam uma conferência de imprensa conjunta no Palácio La Moncloa, em MadridO presidente turco, Recep Tayyip Erdogan (esq), e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, realizam uma conferência de imprensa conjunta no Palácio La Moncloa, em Madrid - Foto: Pierre-Philippe Marcou/AFP

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, agradeceu nesta quinta-feira (13) ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, pelo seu posicionamento sobre o conflito em Gaza, que o tornou uma das vozes europeias mais críticas a Israel.

“Sánchez seguiu uma política de princípios e consistente desde o primeiro dia” da guerra em Gaza, “e tem um lugar especial nos corações de toda a nação turca”, assegurou Erdogan em um fórum econômico realizado durante sua visita oficial a Madri.

“A decisão tomada pela Espanha de reconhecer a Palestina (como Estado) é muito importante. Espero que essa atitude da Espanha sirva de exemplo para outros países que ainda não reconheceram a Palestina”, afirmou Erdogan.
 

Nos últimos meses, a Espanha se tornou a voz mais crítica dentro da UE em relação ao governo de Benjamin Netanyahu. Em 28 de maio, reconheceu a Palestina como Estado, simultaneamente com Irlanda e Noruega, o que enfureceu Israel.

O socialista Sánchez reiterou seu "compromisso" em "encorajar outros países europeus e também ocidentais ao reconhecimento do Estado da Palestina", pois "é a única solução que pode garantir a paz e a segurança no Oriente Médio".

Questionado sobre as atuais negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, o presidente turco pediu aos Estados Unidos que "exerçam a pressão necessária sobre Israel" e disse estar  “seriamente entristecido” com a posição americana.

A reunião ministerial entre Espanha e Turquia também resultou na assinatura de acordos bilaterais, especialmente em matéria econômica e científica, e a promessa de alcançar 25 bilhões de euros (R$ 146 bilhões) anuais em comércio entre ambos os países dentro de alguns anos, frente aos quase 20 bilhões de euros (R$ 116,8 bilhões) atuais.

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