Erdogan anuncia nova reunião este mês na Suécia para dialogar sobre expansão da Otan
Primeiro ministros sueco declara que país seria um "fator de segurança para todos os países da Aliança".
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira (8) que voltará a se reunir com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, que viajou a Ancara para tentar persuadir a Turquia a ceder em sua oposição para que o país entre na Otan.
"Esperamos ter um panorama mais positivo quando for celebrada a reunião conjunta em Estocolmo perto do fim do mês", disse Erdogan sem informar a data, afirmando que "deseja sinceramente a adesão da Suécia" à Aliança Atlântica.
Kristersson prometeu, por sua vez, que a Suécia seria um "fator de segurança para todos os países da Aliança".
"Aprovamos o processo de adesão da Suécia à Otan", lembrou Erdogan. "Entendemos suas inquietações sobre sua segurança e queremos que a Suécia responda também as nossas", insistiu o chefe de Estado turco, que desde maio bloqueia a incorporação à Otan de Finlândia e Suécia, exigindo a extradição de membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma formação considerada terrorista por Ancara e seus aliados ocidentais. "Desejamos o apoio da Suécia frente ao terror", reiterou.
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"O lema na Suécia é combater o terrorismo. Não se permitem dúvidas a respeito [...] Isto é levado muito, muito a sério", afirmou Kristersson, assegurando que a reunião com o presidente turco foi "muito produtiva".
Ele garantiu, ainda, que Estocolmo considera o PKK uma "organização terrorista, como também o fazem os Estados Unidos e a União Europeia".
"Compreendemos a sensibilidade da Turquia a respeito deste tema", acrescentou, afirmando que a Suécia "responderá todas [suas] expectativas como futuro aliado".