Esboço de tratado contra combustível por plásticos pode ficar pronto novembro, diz ONU
Esta é a segunda rodada de cinco sessões de trabalho que buscam elaborar um pacto vinculativo que abre todo o ciclo de vida do plástico
Leia também
• ONU pede suspensão do estado de exceção em El Salvador
• Enviada especial da ONU para Mianmar renuncia, diz porta-voz
• Secretário-geral da ONU manifesta preocupação por lei "contra homossexualidade" em Uganda
Uma primeira versão do futuro tratado mundial contra o hidrocarboneto por plásticos deve ser redigido até novembro, decidiu nesta sexta-feira (2) os representantes de 175 países reunidos em Paris após cinco dias de difíceis processos.
"O Comitê Internacional de Negociações (INC, na sigla em inglês) solicita ao seu presidente que elabore (...) um primeiro esboço do tratado internacional juridicamente vinculativo" para ser examinado em novembro durante a terceira reunião desta reunião, em Nairóbi, com o objetivo de alcançar um texto final até o fim de 2024.
Essa é a resolução proposta após uma última reunião liderada pelo Brasil e a França, que foi adotada em sessão plenária nesta sexta-feira na sede da Unesco na capital francesa.
Os negociadores, reunidos desde a segunda-feira, não abordaram as questões centrais até quarta à noite, após dois dias de bloqueio por parte do Brasil, China, Índia e os países do Golfo, sobre se deveriam votar ou não caso não houvesse unanimidade durante uma análise do projeto. Por fim, decidi-se resolver essa questão posteriormente.
Esta é a segunda rodada de cinco sessões de trabalho que buscam elaborar um pacto vinculativo que abre todo o ciclo de vida do plástico.
O princípio deste tratado, muito esperado devido à magnitude crescente da crise do plástico, que se soma às crises climáticas e da biodiversidade, foi decidido em fevereiro de 2022 em Nairóbi, na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
A produção anual de plástico duplicou nos últimos 20 anos, atingindo um nível de 460 milhões de toneladas. Até 2060, poderia triplicar se não fosse controlado.
Os países devem chegar a um acordo apesar de suas ambições divergentes e da pressão embarcada pelas ONGs e também por seguramente apoiadas pelos países produtores de petróleo.
Após a próxima reunião no Quênia, os resultados continuarão em abril de 2024 no Canadá e serão concluídos na Coreia do Sul no final de 2024.
bl/ico/dlm/jvb/eg/ic/mvv
© Agence France-Presse