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guerra no oriente médio

Espanha decide unir-se à África do Sul em ação contra Israel na CIJ

Objetivo é acabar com a guerra e começar a avançar na aplicação da solução de dois Estados

Pretória acusou Israel de "genocídio" em Gaza, disse o ministro das Relações Exteriores, José Manuel AlbaresPretória acusou Israel de "genocídio" em Gaza, disse o ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares - Foto: Thomas Coex/AFP

A Espanha decidiu unir-se à África do Sul na ação contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) por sua operação em Gaza, anunciou nesta quinta-feira o ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel Albares.

"A Espanha vai intervir no procedimento iniciado pela África do Sul", disse Albares em uma entrevista coletiva em Madri, uma semana depois do reconhecimento da Palestina como um Estado por parte da Espanha.

"Nosso único objetivo é acabar com a guerra e começar a avançar na aplicação da solução de dois Estados", acrescentou.

O ministro espanhol também exigiu respeito às medidas cautelares determinadas pela CIJ, em particular a decisão de 24 de maio que ordenou o fim da operação militar israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, onde centenas de milhares de civis estão aglomeradas desde o início do conflito entre Hamas e Israel, em 7 de outubro.

A África do Sul iniciou o processo na CIJ - principal tribunal da ONU, com sede em Haia - no ano passado, alegando que a ofensiva israelense em Gaza viola a convenção da ONU sobre genocídio de 1948, uma acusação que Israel rejeita com veemência.

Em outra decisão, anunciada em janeiro, a CIJ ordenou que Israel fizesse todo o possível para evitar atos de genocídio durante suas operações militares em Gaza.

As decisões da CIJ são juridicamente vinculantes, mas o organismo não dispõe de meios para implementá-las. Por exemplo, a Corte ordenou à Rússia que acabasse com a invasão da Ucrânia, o que não teve qualquer efeito.

Desde o início da guerra em Gaza, a Espanha se tornou a voz mais crítica em relação a Israel dentro da União Europeia e, ao lado da Irlanda e da Noruega, reconheceu oficialmente a Palestina como Estado em 28 de maio.

Questionado se considera que um genocídio está sendo cometido na Faixa de Gaza, Albares respondeu que a CIJ deve ser a responsável por responder à pergunta.

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