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Onda de calor

Espanha enfrenta pico de sua terceira onda de calor

Onze regiões da Espanha estão em alerta vermelho, sinônimo de perigo extremo

Incêndios causados pela onda de calor Incêndios causados pela onda de calor  - Foto: Eurokinissi/AFP

Com temperaturas altíssimas em lugares incomuns, como o País Basco, a Espanha enfrentou nesta quarta-feira (9) o dia mais sufocante de sua terceira onda de calor do verão, enquanto a luta contra os incêndios florestais em Portugal teve um refresco.

As temperaturas mais altas ocorreram na Andaluzia (sul), segundo dados da Agência Estatal de Meteorologia da Espanha (Aemet) de pouco antes das 19h locais. Em Roda de Andaluzia, povoado da província de Sevilha, foram registrados 44,6ºC, e no aeroporto de Granada, 44,1ºC.

Mais incomuns foram as temperaturas registradas no norte, como 36 ºC em Bilbao e 33,5 ºC em San Sebastián, ambas cidades do País Basco, e 37 ºC na cidade de Burgos.

"A temperatura média" na Espanha hoje "provavelmente será um recorde desde 1950. Deve ser um dos cinco dias mais quentes de agosto dos últimos 73 anos", indicou a Aemet.

Onze regiões da Espanha estão em alerta vermelho, sinônimo de perigo extremo: três na Andaluzia, duas na Comunidade de Madri, duas em Castela-Mancha (centro), três no País Basco e uma em Castela e Leão (norte).

Quase todo o resto do país, salvo a costa, está em alerta, mas em níveis mais baixos. O calor extremo se deslocará amanhã em direção à costa leste, com apenas quatro regiões em alerta vermelho, todas ao sul de Valência, onde as temperaturas podem alcançar os 43ºC. Na sexta-feira, a região do sul da Andaluzia será a mais castigada, mas sem alertas vermelhos.

Os especialistas consideram que o aumento do número, da duração e da intensidade dessas ondas de calor é consequência da mudança climática.

Refresco em Portugal
A Península Ibérica tem sido duramente afetada pelo aquecimento global, uma vez que as ondas de calor e a consequente seca favorecem os incêndios. Em menos de uma semana, 15 mil hectares queimaram nos dois países, principalmente em Portugal, onde os incêndios deixam paisagens desoladoras.

O incêndio na região portuguesa de Odemira (sul) foi declarado "sob controle" ao meio-dia desta quarta-feira, após ter arrasado 8.400 hectares em cinco dias, informou o comandante da Defesa Civil, Vitor Vaz Pinto.

Mil bombeiros, apoiados por 359 veículos e 15 aviões, permanecem mobilizados por "possíveis reativações ao longo do dia". Cerca de 1.500 pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas e 42 foram atendidas pelos serviços de emergência.

Mais cedo, os bombeiros previram uma melhora da situação graças à suavização das condições meteorológicas.

A previsão é que a umidade aumente e as temperaturas baixem, sobretudo no litoral, onde se espera que as temperaturas voltem a cair abaixo dos 30ºC. O risco de incêndios, no entanto, segue alto, com temperaturas que oscilam entre 32ºC e 38ºC no interior do país.

Principal incêndio é controlado
Na Espanha, quase todo o país está em alerta vermelho devido ao risco extremo de incêndios. O fogo mais ameaçador, em Valência de Alcântara (Extremadura, sudoeste), foi controlado, informou nesta tarde o governo regional.

Segundo estimativas provisórias, em 2023 já foram queimados quase 100 mil hectares em Espanha e Portugal, frente a um total de mais de 400 mil em 2022.

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