Espanhol é libertado após uma semana de sequestro no norte da África
O cidadão espanhol foi libertado na tarde de segunda-feira "graças à intervenção das forças da Frente de Libertação de Azawad"
Um cidadão espanhol sequestrado há alguns dias entre Argélia e Mali foi libertado em bom estado de saúde, confirmou nesta quarta-feira (22) o governo espanhol, que elogiou a ação "rápida" e positiva do caso.
"Confirmamos que o espanhol mantido contra sua vontade no norte da África foi libertado", disse o Ministério das Relações Exteriores espanhol em um comunicado.
"Os serviços diplomáticos e de inteligência espanhóis trabalharam ativamente em coordenação com os da área para resolver o caso de forma rápida e positiva", acrescentou o ministério espanhol.
O cidadão espanhol foi libertado na tarde de segunda-feira "graças à intervenção das forças da Frente de Libertação de Azawad", indicou no X Attaye Ag Mohamed, um alto comando dessa coalizão de grupos separatistas, predominantemente tuaregues, que se levantaram em armas contra o Estado central malinês em 2023.
Ele passou a noite de segunda-feira no norte do Mali, "sob a proteção" dos rebeldes, "à espera de ser transferido para as autoridades argelinas", acrescentou Attaye Ag Mohamed.
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O Alto Conselho para a Unidade do Azawad, outro membro da coalizão, também informou no Facebook que o cidadão espanhol está "livre" desde segunda-feira, após uma operação no norte do Mali. "O ex-refém está muito bem", afirmou.
O espanhol foi sequestrado em 14 de janeiro no sul da Argélia e levado para o norte do Mali por "seus captores afiliados a uma rede de crime organizado que opera no Sahel e além", detalhou a Frente de Libertação de Azawad (FLA).
"Em muito bom estado de saúde, ele entrou em contato com sua família antes de ser entregue oficialmente pelos líderes da FLA às autoridades argelinas", acrescentou.
Madri anunciou na semana passada o sequestro de um cidadão espanhol no norte da África em circunstâncias ainda confusas, acrescentando que trabalhava "ativamente" para garantir seu resgate.
A Argélia e o Mali compartilham 1.300 quilômetros de fronteira em uma região desértica de difícil vigilância.
Nesta região fronteiriça atuam principalmente grupos rebeldes tuaregues e membros do Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM, ou Jnim, segundo sua sigla em árabe), uma aliança jihadista afiliada à Al-Qaeda.