GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Especialista da ONU se diz "horrorizada" com ordem de evacuação em Gaza

O deslocamento forçado da população "constitui um crime contra a humanidade e a punição coletiva é proibida pelo direito internacional humanitário", afirmou

Milhares de pessoas, tanto israelenses quanto palestinos, morreram desde 7 de outubro de 2023, depois que militantes palestinos do Hamas entraram em Israel em um ataque surpresa que levou Israel a declarar guerra ao HamasMilhares de pessoas, tanto israelenses quanto palestinos, morreram desde 7 de outubro de 2023, depois que militantes palestinos do Hamas entraram em Israel em um ataque surpresa que levou Israel a declarar guerra ao Hamas - Foto: Jack Guez/AFP

A especialista da ONU em populações deslocadas declarou-se nesta sexta-feira (13) “horrorizada”, depois que Israel ordenou que mais de um milhão de pessoas deixem o norte de Gaza, o que constitui um crime contra a humanidade, afirmou.

“Estamos horrorizados com a ideia de que 1 milhão de palestinos se somem às 423 mil pessoas já expulsas de suas casas pela violência da semana passada”, disse a colombiana Paula Gaviria Betancur, relatora especial das Nações Unidas sobre os direitos humanos dos deslocados.

“É inconcebível que mais de metade da população de Gaza possa cruzar uma zona de guerra em andamento sem consequências humanitárias devastadoras, ainda mais quando estão privadas de bens e serviços essenciais”, advertiu a especialista.

O deslocamento forçado da população “constitui um crime contra a humanidade e a punição coletiva é proibida pelo direito internacional humanitário”, afirmou Paula.

Os relatores especiais da ONU são voluntários independentes com mandato do Conselho de Direitos Humanos. Eles não falam em nome da ONU, mas comunicam suas conclusões à organização.

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