Especialistas da ONU denunciam "prisão arbitrária" de jornalista americano na Rússia
Repórter Evan Gershkovich está preso na Rússia há 15 meses e nega as acusações de espionagem
Um grupo de especialistas da ONU considera a prisão na Rússia do jornalista americano Evan Gershkovich arbitrária e pede sua libertação imediata, informa um documento divulgado nesta terça-feira (2).
"A privação da liberdade de Evan Gershkovich é arbitrária" e viola artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, afirmam os especialistas no documento, aprovado em março.
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"Dadas as circunstâncias desse caso, a solução apropriada seria libertar Gershkovich imediatamente", acrescentam, considerando que o jornalista tem direito a indenização, segundo o direito internacional.
O repórter está preso na Rússia há 15 meses e nega as acusações de espionagem. A primeira audiência do seu julgamento ocorreu no mês passado, em Ekaterimburgo. Uma nova audiência está prevista para agosto.
A Rússia nunca fundamentou suas acusações contra o correspondente do Wall Street Journal, e manteve em sigilo o conteúdo do caso. Washington considera o julgamento uma farsa.
Gershkovich, de 32 anos, foi detido pelo serviço de segurança federal (FSB) em março de 2023, quando fazia uma reportagem em Ekaterimburgo. Ele se tornou o primeiro jornalista ocidental acusado de espionagem na Rússia desde a época soviética.
Embora as decisões do Grupo de Trabalho sobre a Prisão Arbitrária não sejam vinculantes, elas têm um peso moral importante.