Especialistas dos EUA aconselham autorizar vacina da Moderna para crianças e adolescentes
Até o momento a vacina da Moderna apenas foi autorizada para adultos maiores de 18 anos nos Estados Unidos
Um comitê consultivo americano se pronunciou, nesta terça-feira (14), a favor da autorização nos Estados Unidos da vacina contra a Covid-19 do laboratório Moderna para crianças e adolescentes de entre 6 e 17 anos.
A agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) ainda precisa dar sua autorização, mas é provável que siga os conselhos do comitê.
Até o momento, a vacina da Moderna apenas foi autorizada para adultos maiores de 18 anos nos Estados Unidos, ao contrário do que já acontece em outros países.
Atualmente, os jovens americanos apenas podem receber o imunizante da Pfizer.
"Acredito que isso oferecerá às famílias uma opção importante", acrescentou o doutor Ofer Levy, membro do comitê, depois de um dia de debates públicos.
A taxa de vacinação entre os menores é muito inferior à registrada entre os adultos.
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Para adolescentes de entre 12 e 17 anos, a dose é a mesma que para os adultos (100 microgramas), enquanto para as crianças de entre 6 e 11 anos é reduzida pela metade (50 microgramas).
Os 22 especialistas independentes do comitê votaram por unanimidade a favor da autorização. Mas alguns lamentam que não se autorize uma terceira dose, porque a proteção das vacinas é menos eficaz desde que surgiu a variante ômicron.
As autoridades sanitárias americanas esperaram até agora para considerar a vacina da Moderna para adolescentes devido, em particular, às preocupações sobre o risco de miocardite, um tipo de inflamação do músculo cardíaco.
Foi detectado um risco maior depois da inoculação de vacinas de RNA mensageiro, como as de Pfizer e Moderna, sobretudo entre as crianças. Segundo os especialistas, no entanto, os benefícios superam os riscos.
"Estou de acordo com a conclusão da FDA de que é pouco provável que os 100 microgramas da Moderna apresentem um claro aumento do risco em comparação com a Pfizer", declarou nesta terça Amanda Cohn, integrante do comitê.