SAÚDE

Espinafre e couve: vegetais folhosos podem reduzir risco de disfunção erétil, diz estudo; entenda

Segundo os cientistas, comer vegetais de folhas verde-escuras ajuda a reduzir o risco de disfunção erétil e melhorar o fluxo sanguíneo no órgão genital masculino

Espinafre tem muitos benefícios para a saúde Espinafre tem muitos benefícios para a saúde  - Foto: Freepik

O marinheiro de desenho animado Popeye costumava comer latas de espinafre para fortalecer seus músculos, porém, segundo pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade de Shantou, na China, o vegetal não deixa apenas os músculos mais fortes.

Segundo os cientistas, comer vegetais de folhas verde-escuras ajuda a reduzir o risco de disfunção erétil e melhorar o fluxo sanguíneo no órgão genital masculino. Os pesquisadores compararam as dietas e a função sexual de 3.184 homens nos Estados Unidos e descobriram que os indivíduos que tinham uma dieta rica em antioxidantes tinham 37% menos probabilidade de apresentar disfunção erétil do que aqueles que consumiam menos.

Cerca de 27% dos participantes tinham problemas de ereção. Pesquisadores acreditam que os antioxidantes melhoram os danos às células e aos vasos sanguíneos, o que recupera a vida sexual dos homens.

“Nossas descobertas revelam uma relação entre as pontuações do índice antioxidante da dieta e a incidência de disfunção erétil. Eles sugerem que uma dieta rica em um espectro de nutrientes antioxidantes pode desempenhar um papel tanto na prevenção quanto no alívio da disfunção erétil”, afirma Zhuangcheng Huanh, autor principal do estudo.

 

A disfunção, condição comum no Brasil, está associada à idade, alguns medicamentos, doenças, problemas psicológicos ou excesso de peso e tabagismo.

Em artigo publicado recentemente no portal The Conversation, o professor de Nutrição da Universidade de Londres, no Reino Unido, Swrajit Sarkar, listou o espinafre como principal folha que deve estar nos pratos das pessoas.

O professor diz que o espinafre é rico em ferro, cálcio, potássio e vitaminas B6, C e K. Além disso, é uma boa fonte de antioxidantes, compostos que podem reduzir o risco de muitas doenças, como as cardiovasculares, principal causa de morte no mundo hoje.

“É melhor comê-lo cru, como parte de uma salada, pois o cozimento tende a destruir os polifenóis e flavonóides que ocorrem naturalmente nas folhas. Certos polifenóis e flavonóides podem reduzir a probabilidade de desenvolver certos tipos de câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer”, diz Sarkar.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estima que 100 milhões de homens no mundo apresentem disfunção erétil, sendo que a mais comum é a disfunção sexual encontrada nessa população após os 40 anos. No Brasil, ainda conforme a SBU, a prevalência se aproxima de 50% após os 40 anos, algo em torno de 16 milhões de homens.

Esse é mais um sinal de que a saúde masculina merece atenção. Contudo, mais que um problema sexual, a disfunção erétil está ligada a um risco maior de ataque cardíaco, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou de problemas circulatórios nas pernas, segundo a American Heart Association.

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