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Espírito do príncipe Philip continua vivo para devotos de Vanuatu

Durante décadas, a aldeia de Yakel, na Ilha Tanna de Vanuatu, venerou Philip, falecido na semana passada no Castelo de Windsor aos 99 anos

Chefe da aldeia segura retrato de Philip ao lado de membros da sua famíliaChefe da aldeia segura retrato de Philip ao lado de membros da sua família - Foto: Dan McGarry/AFP

O chefe de uma aldeia remota do Pacífico que adorava o príncipe Philip com fervor religioso disse, nesta segunda-feira (12), que seu espírito ainda está vivo e que é muito cedo para saber se os descendentes da realeza britânica serão seus sucessores no culto. 

Durante décadas, a aldeia de Yakel, na Ilha Tanna de Vanuatu, venerou Philip, falecido na semana passada no Castelo de Windsor aos 99 anos.

O chefe da aldeia, Albi, disse que não está claro como o movimento religioso mudará após a morte de Philip, já que se acredita que seu espírito está à deriva e busca um novo lar.

Embora muitos forasteiros presumissem que o filho mais velho de Felipe, Charles, ou seus netos, Harry e William, iriam suceder-lhe no lugar especial que Philip ocupava no coração dos moradores, Albi disse que nada é certo. 

"O espírito do Príncipe Philip deixou seu corpo, mas continua vivo. É muito cedo para dizer onde residirá", afirmou, em conversa com a AFP. 

Sob uma bandeira britânica hasteada a meio pau, Albi se uniu nesta segunda-feira aos anciãos de Yaohnanen, outro povoado que cultua Philip, para debater como marcar sua morte. 

Os chefes se revezaram para falar durante as minuciosas discussões sobre o que essa morte significa para seu sistema de crenças tradicional. É provável que precisem de vários dias para chegar a uma resolução. 

Albi teve palavras de consolo para a rainha Elizabeth II, desejando-lhe alegria. Embora o corpo de Philip tenha se perdido, seu espírito segue vivo, segundo ele. 

Os chefes de Yakel disseram que enviarão uma mensagem confidencial à família real após a morte de Philip. 

Acredita-se que o Culto do Príncipe Philip tenha começado no final dos anos 1970, após uma visita do Duque de Edimburgo a Vanuatu no início desta década.

Funcionários britânicos que investigaram o fenômeno concluíram que ele teve sua origem em uma antiga lenda sobre o retorno de um filho de pele clara. 

Os antropólogos acreditam que o culto é uma forma de os habitantes desta ilha vulcânica encontrarem uma conexão espiritual com o mundo exterior.

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