RIO DE JANEIRO

Esposa de Suel, preso por morte de Marielle, é um dos alvos de operação da PF

Aline Siqueira de Oliveira é uma das três mulheres investigadas por suspeita de participar na trama da execução da vereadora

Maxwell SimõesMaxwell Simões - Foto: Reprodução/Twitter

Um dos alvos da operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio deflagrada nesta sexta-feira, no Rio, é a esposa do ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, o Suel, Aline Siqueira de Oliveira, de 41 anos. Contra ela foi cumprido um mandado de busca e apreensão. Ao saber da ação, Aline foi para a Superintendência da PF, na Praça Mauá, região central da capital, acompanhada de sua advogada.

A operação desta sexta tinha como alvos pessoas ligadas a um esquema de gatonet que teria sido arrendado por Maxwell após sua primeira prisão, em 2020. Foram expedidos sete mandados de busca e outros de prisão.

Aline é uma das três mulheres investigadas por suspeita de participar da trama da execução de Marielle Franco, quando também morreu seu motorista, Anderson Gomes. Além dela, constam na lista dos investigadores Elaine Pereira Figueiredo Lessa e Alessandra da Silva Farizote.

Em relatório recente da PF, Aline é apontada como suspeita de "lavar dinheiro de recursos ilícitos recebidos por seu marido". Ela também teria encontrado Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa na noite do crime, após as execuções. Apesar de não ter carteira assinada há mais de sete anos, ela apresenta uma grande movimentação financeira em sua conta bancária. Uma Land Rover que está no nome dela foi avaliada em mais de R$ 160 mil.
 

O último emprego de Aline data de novembro 2015, quando ela trabalhou em uma loja de sapatos. O salário médio dela à época foi de R$ 2.385. Chamou atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que, entre setembro do ano passado e fevereiro deste ano, Aline fez uma transferência de R$ 213 mil para comprar a Land Rover. O valor foi superior à avaliação porque o veículo é blindado. Ela enviou o dinheiro para uma empresa do ramo de leilões. No documento, o órgão pontua que Aline não tem "capacidade financeira para fazer um pagamento de valor expressivo como este".

No documento, o Coaf também destaca que Aline recebeu mais de R$ 56 mil em diversas transferências feitas por Suel entre março de 2019 e outubro de 2021. Ela é procuradora do marido desde junho de 2020 e seria responsável por resolver suas questões financeiras.

De acordo com a PF, Suel teria ficado responsável pelos negócios ilícitos de Lessa depois que ele foi preso. Eles integravam milícia em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, onde os dois recebiam dinheiro com serviço de gatonet. A informação foi compartilhada por Élcio de Queiroz em delação feita à Polícia Federal.

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