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Esposa do presidente sírio Bashar al Assad diagnosticada com leucemia

Asma al Assad, 48 anos, será submetida a um "protocolo de tratamento especializado" que exige distanciamento social

Bashar al-Assad, presidente sírio Bashar al-Assad, presidente sírio  - Foto: Reprodução

Asma al Assad, esposa do presidente sírio Bashar al Assad, sofre de leucemia, informou nesta terça-feira (21) o governo, quase cinco anos após a primeira-dama ter anunciado que havia superado um câncer de mama.

"A primeira-dama, Asma al Assad, foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda", anunciou a Presidência síria em um comunicado.

Asma al Assad, 48 anos, será submetida a um "protocolo de tratamento especializado" que exige distanciamento social, explica a nota. O texto acrescenta que a primeira-dama "se afastará temporariamente de todos os compromissos diretos".

Em agosto de 2019, a esposa de Bashar al Assad anunciou que estava "totalmente curada" de um câncer de mama.

Ela aparece com relativa frequência, segundo imagens divulgadas nas redes sociais, visitando feridos de guerra ou durante eventos de caridade, como quando acompanhou o presidente sírio em suas recentes viagens ao exterior.

Chamada de "Rosa do Deserto" pela revista americana Vogue antes do início da guerra na Síria em 2011, Asma al Assad foi muito criticada por seu silêncio diante da repressão violenta das manifestações pró-democracia e depois da rebelião.

Mais de meio milhão de pessoas morreram desde a revolta pacífica de 2011, que virou uma guerra civil e dividiu a Síria.

Nascida em 1975 no Reino Unido, Asma trabalhou como executiva de investimentos e se apresentou à opinião pública como uma defensora dos direitos progressistas. Antes da guerra civil síria, ela era considerada o rosto moderno da dinastia Al Assad.

No ano 2000, Bashar sucedeu o pai, Hafez al Assad, após a sua morte, e Asma tentou modernizar a imagem da primeira-dama síria antes do início da guerra.

Ela fundou a organização beneficente 'Syria Trust for Development', com sede em Damasco, uma das poucas do tipo autorizadas a trabalhar em áreas controladas pelo governo.

Nos últimos anos, ela também consolidou sua influência na comunidade empresarial síria, segundo os críticos.

Depois que o regime Al Assad reprimiu brutalmente os protestos antigovernamentais em 2011, o que desencadeou a devastadora guerra civil que deixou mais de meio milhão de mortos, Asma foi muito criticada por apoiar o marido.

Ela é objeto de sanções dos Estados Unidos desde 2020, ao lado do presidente sírio e vários membros de sua família.

Ela foi apresentada pelo então secretário de Estado americano Mike Pompeo como "uma das mais famosas beneficiárias da guerra na Síria".

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