SAÚDE

Esqueça o molho na batata frita: a combinação pode dobrar o número de calorias; entenda o motivo

Além disso, os participantes do estudo se alimentaram mais rápido e deram mordidas maiores na comida

Batata fritaBatata frita - Foto: Pexels

Quem não gosta de comer uma batata frita, ou um nuggets, com ketchup, ou um dadinho de tapioca com um molho de pimenta? Porém, essa combinação entre o molho e o salgado deve ser evitada, segundo pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Isso porque a dupla pode fazer você consumir quase o dobro de calorias. Eles descobriram que servir um lanche salgado junto com um molho fez com que as pessoas consumissem 77% mais calorias.

O autor do estudo, John Hayes, professor de ciência dos alimentos e diretor do Centro de Avaliação Sensorial da Penn State, esperava que, ao adicionar um elemento extra a um lanche, os participantes compensariam comendo menos do item principal, mas não foi esse o caso.

 

Servir salgado com molho não fez diferença na quantidade de batatas fritas que os participantes estavam dispostos a comer, eles apenas adicionaram o molho também. Além disso, os participantes se alimentaram mais rápido e deram mordidas maiores do que se estivessem sem o molho.

O estudo foi realizado com 46 participantes adultos que visitaram o laboratório da universidade duas vezes ao longo de um período de duas semanas para comer os lanches.

Em uma visita, os participantes receberam salgadinhos e três saquinhos pequenos de molho ranch fechados. Na outra, eles receberam a mesma quantidade de batata frita com um terço de xícara de molho e ranch e podiam comer o quanto quisessem. Os pesquisadores registraram e monitoraram o número de mordidas que deram e por quanto tempo comeram.

Em média, os participantes consumiram 345 calorias de salgadinhos e molho por sessão de alimentação, em comparação com apenas 195 calorias quando comeram os salgadinhos sozinhos.

“A descoberta mais impressionante do nosso estudo é que as pessoas não comeram menos batatas fritas quando havia molho disponível — elas comeram a mesma quantidade de batatas fritas, mais o molho”, disse Hayes.

Segundo os pesquisadores, o molho incentivava e encorajava as pessoas a comer mais do petisco salgado. A maior ingestão calórica se deve ao fato de que as pessoas comem em pedaços maiores e mais rápido. Hayes acrescentou que entender o comportamento alimentar de petiscar é crucial para lidar com problemas de alimentação excessiva e obesidade.

“Se pudermos desacelerar as pessoas, poderemos influenciar o consumo de energia sem abrir mão do prazer da comida”, disse.

Segundo os especialistas, uma mulher média precisa ingerir cerca de 2.000 calorias por dia para manter um peso saudável, enquanto para os homens esse número é de 2.500. O ganho de peso ocorre quando uma pessoa consome mais calorias do que queima ao longo do tempo.

Obesidade
De acordo com um estudo publicado na última semana na revista científica The Lancet e apoiado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de pessoas no mundo, 1 a cada 8, vivem com obesidade.

No Brasil, porém, a proporção considerando a população adulta já é de 1 pessoa com a doença a cada 4, apontam dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023, monitoramento anual do Ministério da Saúde.

Segundo o levantamento, 24,3% dos adultos brasileiros são obesos – percentual que chega a ser de 32,6% entre homens de 45 a 54 anos, praticamente 1 a cada 3. Na outra ponta, a proporção mais baixa é entre mulheres de 18 a 24 anos, faixa em que 11,8%, 1 a cada 10, têm obesidade.

Estudo feito por pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, aponta a obesidade como fator de risco para 32 diferentes tipos de câncer. Os tipos listados incluem mama, intestino, útero e rins. A pesquisa apontou pela primeira vez a relação com 19 tipos de câncer, como melanoma maligno, tumores gástricos, câncer das glândulas pituitárias, de vulva e pênis e variedades de pescoço e cabeça.

Especialistas atribuem o aumento constante da cintura no país ao aumento simultâneo de alimentos ultraprocessados e ao estilo de vida moderno, sedentário e preso à mesa de trabalho.

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