Estações Itinerantes orientam população sobre prevenção à Covid-19
Nesta semana, oito pontos foram montados na Capital. Na Zona Oeste, comunidades recebem ação porta a porta
Desde a chegada da pandemia a Pernambuco, há quase cinco meses, prevenção e higiene viraram palavras de ordem. E nesse processo de construção do “novo normal”, muitas dúvidas surgem no dia a dia, do uso correto da máscara à higiene do corpo e limpeza dos produtos recebidos em casa. Para ajudar a população a se proteger do novo coronavírus, a Prefeitura do Recife tem montado Estações Itinerantes de Orientação sobre a Covid-19 e realizado ações de porta a porta nas periferias.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), nesta semana, foram instalados oito pontos na Capital: Praça Joana Bezerra, no Coque; Habitacional do Campo do Café (Linha do Tiro); Mercado de Casa Amarela; UR-7 (Várzea); Praça Simão Borba (Areias); TI Tancredo Neves (Imbiribeira); e Alto José Bonifácio. Os toldos ficam abertos até sexta-feira, das 8h às 16h, e, na próxima semana, serão montados em outras localidades. “A informação não chega a toda a cidade da mesma forma. Por isso, procuramos trocar as comunidades para atingir o maior número de pessoas”, explica a diretora de Atenção Básica à Saúde, Ana Sofia Costa.
Além dos cuidados de prevenção à Covid-19 - lavagem das mãos, distanciamento social, uso de máscaras cobrindo boca e nariz -, os agentes de saúde orientam sobre saúde bucal e as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. “A gente está vivendo a pandemia do coronavírus, mas não pode esquecer dengue, zika e chikungunya”, lembra a diretora Ana Sofia Costa.
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No Alto José de Bonifácio, Zona Norte, a diarista Conceição Francisca da Silva, 45 anos, foi com o marido, o motorista Cristiano Ferreira da Silva, 42, a uma dessas Estações. “Hoje eu vi como se deve limpar as frutas, as verduras, sempre, para evitar [o contágio]”, diz a mulher. “É bom para a comunidade e agora, com a Covid-19, a limpeza tem que ser maior ainda. Até porque tem também outras doenças”, complementa Cristiano.
Nas ruas do bairro, a reportagem encontrou muitas pessoas sem usar máscara. Uma delas era a dona de casa Elzir Ferreira da Silva, 62, que colocou a proteção assim que levou uma chamada da agente de saúde. “É porque coça, aí só uso quando eu saio, assim, para o mercadinho, a padaria. Quando estou em casa, eu tiro. Mas eu tenho”, ressalta.
Porta a porta
Até quinta-feira (30), agentes de saúde cumprem ação porta a porta com moradores de localidades de maior vulnerabilidade social. Nesta semana, são contempladas as comunidades de Chiclete, Bomboniere, Cajá e Ponte da Salvação, localizadas no bairro da Iputinga, Zona Oeste. “Nem todo mundo vai à Estação, então a gente vai a essas pessoas, falando da máscara, do distanciamento social. Aí a gente distribui um kit com máscara caseira, água sanitária, sabão em barra e álcool em gel”, explica Ana Sofia Costa.