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Estado do Rio mantém situação de epidemia de dengue; quatro regiões seguem em alerta

Até esta segunda-feira, há registros de 205.187 casos prováveis de dengue e 109 óbitos confirmados

Ação contra a dengue no Complexo da Maré, na Zona Norte do RioAção contra a dengue no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio - Foto: Prefeitura do Rio/Divulgação

A Secretaria estadual de Saúde manteve o decreto de epidemia de dengue no Estado do Rio de Janeiro. Nesta segunda-feira, especialistas do Comitê de Emergências Médicas (COEs) concluíram que, apesar de ter tido queda no número absoluto de casos prováveis por três semanas seguidas, as regiões Serrana, Metropolitana I (Baixada e Rio de Janeiro), Baixadas Litorâneas e Norte ainda estão no nível 3 de alerta — quando o número de casos é de alto risco, 10 vezes acima do tolerável.

“Ainda serão avaliadas a situação dos dados da dengue por pelo menos mais duas semanas. Além disso, a região Norte do Rio de Janeiro, a última a apresentar piora no cenário, segue com alta no número de casos. Diante deste quadro, o estado manterá o decreto de epidemia”, informou a Secretaria estadual de Saúde através da análise do Comitê de Emergências Médicas (COEs), que semanalmente reúne setores como a Fundação Saúde, Regulação, Vigilância em Saúde, coordenação das UPAs e outras áreas.

Embora seja indicada tendência de queda, o número de casos prováveis ainda é considerado elevado pelos técnicos e especialistas da Secretaria de Saúde, que monitoram o quadro nos 92 municípios. Até esta segunda-feira, há registros de 205.187 casos prováveis de dengue e 109 óbitos confirmados no estado. A taxa de incidência é de 1.278 casos / 100 mil habitantes.

Tipo 3 volta a circular
Já foram confirmados dois casos de dengue tipo 3 este ano no Estado do Rio. Os registros são de uma mulher de 39 anos, de Paraty, na região da Costa Verde, e uma criança, de 1 ano, de Maricá, na região Metropolitana, que foram tratadas e passam bem.

Os dois casos são do fim de fevereiro, nos dias 25 e 26, respectivamente, e foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels (Lancen-RJ) e pelo Laboratório de Referência da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz). No estado, o sorotipo 3 não circulava desde 2007, o que amplia o número de pessoas que nunca teve contato com o vírus. Segundo levantamento da secretaria, cerca de 4,8 milhões de pessoas estariam vulneráveis a esse sorotipo.

Fim da epidemia de dengue na capital
No dia 5 de abril, o secretário municipal de Saúde Daniel Soranz anunciou o fim da epidemia de dengue na capital. A redução no número de casos da doença proporcionou a mudança no panorama no município. Segundo o secretário, a epidemia foi caracterizada pelo aumento do número de casos acima da expectativa para o período. A rede municipal chegou a atender 2.614 pessoas com dengue em um único dia, na última semana de fevereiro.

A Secretaria Municipal de Saúde encerrou a vacinação contra a dengue para as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos no dia 6 de abril:

“As unidades de saúde da Atenção Primária, clínicas da família e centros municipais de saúde estão vacinando até o fim das doses remanescentes. No momento, não há previsão de o Ministério da Saúde enviar nova remessa de vacinas para os municípios”, afirmou em nota a Secretaria municipal.

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