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guerra no oriente médio

Estados Unidos são contra que CIJ ordene a Israel que se retire dos Territórios Palestinos

Corte celebra audiências sobre as consequências jurídicas da ocupação israelense dos Territórios Palestinos desde 1967

Palácio da Paz, sede da Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, na HolandaPalácio da Paz, sede da Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, na Holanda - Foto: CIJ

Os Estados Unidos opõem-se a que Israel seja obrigado a se retirar dos Territórios Palestinos ocupados sem receber garantias de segurança, declarou um representante de Washington ante a Corte Internacional de Justiça (CIJ).

Esta semana, a CIJ, com sede em Haia, celebra audiências sobre as consequências jurídicas da ocupação israelense dos Territórios Palestinos desde 1967, com um número inédito de 52 países chamados para prestar declarações.

A maioria dos oradores pediu que Israel pusesse fim à sua ocupação depois da Guerra dos Seis Dias, mas os Estados Unidos defenderam seu aliado.

"A corte não deve concluir que Israel é legalmente obrigado a se retirar imediata e incondicionalmente do território ocupado", disse Richard Visek, assessor jurídico do Departamento de Estado.

"Todo movimento para a retirada de Israel da Cisjordânia e de Gaza requer que as necessidades de segurança de Israel sejam levadas em conta", destacou.

Essas audiências ocorrem em um contexto de pressão jurídica internacional crescente sobre Israel em relação à guerra de Gaza.

O conflito foi desencadeado pelo ataque em solo israelense do movimento islamista palestino Hamas de 7 de outubro, que causou mais de 1.160 mortes, em sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP realizada a partir de dados oficiais israelenses.

Em represália, o Exército israelense lançou uma ofensiva que deixou 29.313 mortos em Gaza, em sua grande maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Essa violência "reforça a determinação dos Estados Unidos de alcançarem urgentemente uma paz definitiva", declarou Visek. "As negociações são o caminho para uma paz duradoura", afirmou.

As audiências começaram na segunda-feira com depoimentos de funcionários palestinos, que acusaram os ocupantes israelenses de dirigirem um sistema de "colonialismo e apartheid" e instaram os juízes a pedir o fim da ocupação "imediata, total e incondicional".

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