Estatal reporta derramamento de petróleo na Amazônia peruana
O incidente afeta três comunidades nativas da floresta que vivem da pesca artesanal no rio Pastaza
A empresa estatal Petroperú reportou, nesta sexta-feira (4), um derramamento de petróleo em um rio da região amazônica de Loreto, próximo ao oleoduto que a companhia opera, afetando três pequenas comunidades indígenas da área.
A petroleira enviou uma equipe técnica de emergência ao local para realizar tarefas de contenção, reparação e limpeza.
"A Petroperú tomou conhecimento de um derramamento de petróleo na altura do quilômetro 11 do Ramal Norte do Oleoduto Norperuano (ONP), na zona de Pastaza, na região de Loreto", informou a empresa em um comunicado.
O incidente afeta três comunidades nativas da floresta que vivem da pesca artesanal no rio Pastaza, denunciou o Observatório Petrolero de la Amazonía Norte, que divulgou imagens do impacto ambiental nas redes sociais.
A petroleira estatal assegurou que "procedeu ao fechamento das válvulas na área afetada, com o objetivo de minimizar o impacto e conter o derramamento", embora sem precisar a causa do incidente.
As autoridades ambientais iniciaram uma investigação para determinar a causa da emergência, a responsabilidade pelos fatos e o impacto gerado.
A Petroperú alega que o ramal norte do oleoduto "está parado" desde o dia 21 de fevereiro de 2020.
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A empresa tem reportado desde 2022 uma série de atentados contra seu oleoduto na região de Loreto (selva norte), os quais causaram derramamentos de petróleo.
As comunidades nativas, por sua vez, têm denunciado que os derramamentos de petróleo e a consequente contaminação de alguns rios na Amazônia do Peru se tornaram uma "pandemia" para os indígenas que vivem nas áreas afetadas.
O Oleoduto Norperuano tem 800 quilômetros de extensão e foi construído há quatro décadas para transportar o petróleo da região amazônica até Piura, na costa.