Esteticista premiada e especialista em cílios: quem é a búlgura acusada de espionar para a Rússia
Outros quatro nomes também foram alvo de operação
Cinco estrangeiros foram acusados, nesta quinta-feira (21), no Reino Unido, de serem espiões atuando a favor do governo russo. Entre os nomes que se destacaram no quinteto está o da búlgura Vanya Gaberova, de 29 anos, esteticista e dona de uma salão de beleza em Acton, no norte de Londres, segundo o jornal The Telegraph.
Ao veículo britânico, moradores da região relataram choque ao descobrirem as acusações contra a mulher, que se dizia "especialista em extensão de cílios".
"Ela era muito tímida, discreta. Eu não pensaria que ela fosse uma espiã, mas se fosse, era uma boa espiã. Eu a conhecia há dois ou três anos e nunca esperei isso" disse Thiago Nogueria, gerente de um restaurante português em Acton que diz conhecer a búlgura há dois anos, ao The Telegraph — Ela tinha um parceiro, um cara grande e eu estava pensando o que ele estava fazendo com aquela garota bonita.
Ainda segundo o jornal britânico, uma mulher que trabalhava no salão de beleza, batizado de Pretty Woman, disse "ter sido avisada para não falar nada". O telefone do local foi desconectado, ainda de acordo com a publicação. A página de Instagram do estabelecimento ainda existe, mas o site da empresa encontra-se fora do ar.
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"Técnicos de cabelo, unhas e cílios. Certificados para extensões de cílios e vencedores de 'volume russo' em muitas competições", diz a descrição do perfil do salão Pretty Woman no Instagram. Fotos de troféus e de Vanya Gaberova atuando como jurada em competições de beleza também podem ser encontradas nas redes sociais.
Entenda o caso
A célula espiã era formada ainda por Orlin Roussev, de 45 anos, Bizer Dzhambazov, 41 anos, Katrin Ivanova, 31 anos, e Ivan Stoyanov, 31 anos. O grupo teria atuado entre 2020 e 2023. De acordo com a BBC, os cinco trabalhariam na vigilância de alvos.
Os cinco foram identificados após uma investigação do Comando de Contra Terrorismo da Polícia Metropolitana de Londres. Eles foram acusados de "conspirar para coletar informações destinadas a serem direta ou indiretamente úteis a um inimigo".
Orlin Roussev, apontado como uma das lideranças do grupo tem um histórico de negócios na Rússia e mora no Reino Unido desde 2009. De acordo com a BBC, ele é dono de um empresa de "inteligência de sinais", que envolve a interceptação de comunicações ou sinais eletrônicos. Bizer Dzhambazov atuava como motorista de hospitais. Já Katrin Ivanova afirmava ser assistente de laborátorio em uma empresa privada de saúde.