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Mudanças Climáticas

Estradas rachadas e rios secos, os efeitos da onda de calor na Europa. Veja fotos

As estradas estão cada vez mais vulneráveis ao aquecimento global induzido pelo homem.

O Reno  um pilar das economias alemã, holandesa e suíça  ficou muitas vezes praticamente intransitável nas últimas semanasO Reno um pilar das economias alemã, holandesa e suíça ficou muitas vezes praticamente intransitável nas últimas semanas - Foto: Jean-Francois Monier / AFP

A onda de calor histórica que sufocou a Europa Ocidental este ano causou caos no transporte. Os trilhos das estradas de ferro empenaram, as pistas dos aeroportos fecharam e as principais estradas racharam.

Em 18 de julho, a movimentada rodovia A14, no Condado de Cambridge, na Inglaterra, foi fechada para reparos depois que apareceu uma ondulação bizarra na pista, que, embora atraente para skatistas, seria calamitosa para carros em velocidade e seus passageiros.

O mesmo vem acontecendo em toda a América, Austrália, China e África. Com as temperaturas médias subindo e as ondas de calor se tornando mais frequentes e intensas, a infraestrutura e, em particular, as estradas estão cada vez mais vulneráveis ao aquecimento global induzido pelo homem.

Os rios também estão ficando secos. Muitos reservatórios, agora, só têm areia. Perder vias navegáveis significa um sério risco para rotas comerciais, agricultura, fornecimento de energia — e até mesmo água potável.

Uma vista aérea mostra os restos da vila submersa de Gary Qasruka, que foi abandonada em 1985 e parcialmente ressurgiu recentemente após uma grande queda no nível da água da represa de Dohuk devido à seca, na cidade de Dohuk, no norte do Iraque, na região autônoma curda em 28 de agosto de 2022. Imagem - Ismael Adnan / AFPUma vista aérea mostra os restos da vila submersa de Gary Qasruka, que foi abandonada em 1985 e parcialmente ressurgiu recentemente após uma grande queda no nível da água da represa de Dohuk devido à seca, na cidade de Dohuk, no norte do Iraque, na região autônoma curda em 28 de agosto de 2022. Imagem - Ismael Adnan / AFPUma vista aérea mostra os restos da vila submersa de Gary Qasruka, que foi abandonada em 1985 e parcialmente ressurgiu recentemente após uma grande queda no nível da água da represa de Dohuk devido à seca, na cidade de Dohuk, no norte do Iraque, na região autônoma curda em 28 de agosto de 2022. Imagem - Lionel Bonaventure / AFPUma vista aérea mostra os restos da vila submersa de Gary Qasruka, que foi abandonada em 1985 e parcialmente ressurgiu recentemente após uma grande queda no nível da água da represa de Dohuk devido à seca, na cidade de Dohuk, no norte do Iraque, na região autônoma curda em 28 de agosto de 2022. Imagem - Lionel Bonaventure / AFPUma vista aérea mostra os restos da vila submersa de Gary Qasruka, que foi abandonada em 1985 e parcialmente ressurgiu recentemente após uma grande queda no nível da água da represa de Dohuk devido à seca, na cidade de Dohuk, no norte do Iraque, na região autônoma curda em 28 de agosto de 2022. Imagem - Lionel Bonaventure / AFP

O Reno — um pilar das economias alemã, holandesa e suíça — ficou muitas vezes praticamente intransitável nas últimas semanas.

O Danúbio, que serpenteia por 2,9 mil quilômetros através da Europa Central até o Mar Negro, também está comprometido. O comércio nos rios e canais da Europa contribui com cerca de US$ 80 bilhões (R$ 409,3 bilhões) para a economia da região apenas como forma de transporte.

Essa situação mostra como a infraestrutura em vários lugares do mundo foi construída para um clima ameno, diferente das temperaturas recordes a que o planeta vem sendo submetido. E como essas mesmas temperaturas estão alterando o curso da natureza, tornando a movimentação de cargas e pessoas um desafio para o ser humano daqui para frente.
 

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