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Estados Unidos

Estudante abre fogo em escola nos EUA e fere duas pessoas

O jovem, que não foi identificado, abriu fogo justamente no meio de uma inspeção para determinar se estava ou não armado

Futuro da pílula abortiva nos EUA em jogo em corte no TexasFuturo da pílula abortiva nos EUA em jogo em corte no Texas - Foto: Pixabay

Um estudante disparou contra duas pessoas em uma escola e fugiu, iniciando uma busca policial nesta quarta (22) em Denver, no episódio mais recente de violência armada que estremece o sistema escolar dos Estados Unidos.

O jovem, que não foi identificado, abriu fogo justamente no meio de uma inspeção para determinar se estava ou não armado, informou a polícia.

"Às 9:50 da manhã aproximadamente, foi relatada uma chamada reportando um tiroteio na escola secundária East", disse Ron Thomas, chefe da polícia de Denver."Oficiais e profissionais médicos chegaram ao local rapidamente e encontraram dois adultos com ferimentos de bala".

Os homens, da equipe administrativa da escola, foram levados ao hospital. Um deles está em estado grave.

Thomas disse que o suspeito devia ser revistado todos os dias ao chegar à escola para verificar se não estava armado, segundo um acordo assinado. Acrescentou que esses tipos de acordo são comuns quando o comportamento prévio de um estudante desperta preocupação.

O prefeito de Denver, Michael Hancock, disse que as autoridades consideravam o suspeito "armado e perigoso".

"Sabemos que é afro-americano, usa dreads e veste um suéter com capuz que tem um astronauta", disse Hancock aos jornalistas."Pedimos que não se aproximem dele".

O tiroteio desta quarta ocorre justamente semanas depois que um estudante de 16 anos foi assassinado em seu carro fora do mesmo colégio.

As aulas na escola foram canceladas pelo resto da semana e quando forem restabelecidas haverá oficiais armados na instituição até o fim do ano escolar, informou o superintendente das escolas públicas de Denver, Alex Marrero.

O jornal Denver Post informou que a junta escolar da cidade havia votado em 2020 a favor de retirar os policiais das escolas no marco de uma mudança de perspectiva sobre raça e vigilância policial após a morte de George Floyd, que foi assassinado por policiais.

Membros da junta argumentaram que a presença de efetivos era negativa para os estudantes não brancos, disse o jornal.

Os tiroteios nas escolas dos Estados Unidos são muito comuns, a ponto que estudantes em todo o país aprendem como reagir quando há "um atirador ativo" na escola, e a opinião pública debate sobre a pertinência, ou não, de armar os professores.

Embora a maioria dos americanos seja favorável a endurecer o controle sobre o porte de armas, os políticos não chegam a um acordo, com vozes conservadoras utilizando a Constituição para defender o direito de estar armado.

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