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Mobilização

Estudantes voltam às ruas em mais uma greve por ações climáticas

Estão previstas cerca de 1.500 ações em várias partes do mundo

Protestos do movimento "Fridays for Future" na Alemanha nesta sexta-feira (22)Protestos do movimento "Fridays for Future" na Alemanha nesta sexta-feira (22) - Foto: Ina Fassbender/AFP

O movimento ambientalista Fridays for Future convocou para nesta senta-feira (22) uma nova greve climática estudantil com cerca de 1,5 mil ações em vários pontos do mundo.

Com o objetivo de pressionar os líderes políticos a agir em meio às alterações climáticas, estudantes de todo o mundo voltam a fazer greve às aulas, num movimento que começou em 2018 com a jovem ativista sueca Greta Thunberg.

Ativista Greta Thunberg discursou durante os protestos desta sexta-feira (22) em Stockholm, na SuéciaAtivista Greta Thunberg discursou durante os protestos desta sexta-feira (22) em Stockholm, na Suécia

Há três anos, Greta Thunberg impulsionou as greves estudantis ao faltar, durante várias semanas, às aulas para protestar frente ao Parlamento sueco, contra a falta de ações climática. Ela volta ao mesmo local para a manifestação desta sexta-feira (22).

A última greve climática global foi realizada em 24 de setembro e reuniucerca de 800 mil pessoas em mais de 1,5 mil cidades, segundo o balanço do Fridays for Future.

Na página do movimento global que promove as iniciativas, o Fridays for Future diz que os estudantes não têm outra escolha: "Estamos lutando pelo nosso futuro e o de nossos filhos. Fazemos greve porque ainda há tempo para mudar, mas o tempo é essencial".

O objetivo é unir as pessoas em torno da ciência e pressionar os líderes políticos a fazê-lo também e a agir em função da evidência científica.

Entre as medidas reivindicadas, o Fridays for Future quer manter o aumento da temperatura global 1,5°C abaixo dos níveis pré-industriais, assegurar a justiça e equidade climáticas e ouvir a ciência.

Em Portugal, o movimento é organizado pela Greve Climática Estudantil, que culpa o "sistema sociopolítico atual de exploração e opressão, sendo baseado no mito de que é possível ter um crescimento econômico infinito num planeta com recursos finitos".

Em comunicado, o movimento defende que "não basta cortar emissões, é necessária uma abordagem sistêmica aos valores sociais contemporâneos e que essa crise seja tratada como um eixo central na política".

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