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Pesquisa

Estudo afirma que mais de 9.000 espécies de árvores ainda não foram descobertas

No geral, cerca de 43% de todas as espécies são encontradas na América do Sul

Floresta de Eucalipto Floresta de Eucalipto  - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma equipe de pesquisadores estimou que há mais de 9.000 espécies de árvores ainda não descobertas na Terra, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (31).

"Estimar o número de espécies de árvores é essencial para orientar, otimizar e priorizar os esforços de preservação das florestas em todo o mundo", sublinhou este estudo do qual participaram dezenas de cientistas e que foi publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (Pnas).

Cerca de 64.000 espécies de árvores já foram catalogadas. Mas, de acordo com este estudo, realizado a partir de uma base de dados mais completa e com um método estatístico mais avançado que os anteriores, o número total de espécies seria em torno de 73.300, ou seja, 14% a mais.

Isso significa que cerca de 9.200 espécies ainda não foram descobertas.

No geral, cerca de 43% de todas as espécies são encontradas na América do Sul, seguida pela Eurásia (22%), África (16%), América do Norte (15%) e Oceania (11%), de acordo com o estudo.

Pelo menos metade e talvez até dois terços de todas as espécies conhecidas são encontradas em florestas tropicais ou subtropicais em cinco continentes, estimam os pesquisadores.

Muitas das espécies ainda não identificadas devem, portanto, ser encontradas nessas regiões, onde menos estudos são realizados.

Além disso, os cientistas estimam que quase um terço das espécies do mundo são raras e, portanto, mais vulneráveis à ameaça de extinção.

Apenas 0,1% das espécies estão presentes nos cinco continentes.

A América do Sul possui a maior proporção (49%) de espécies endêmicas, ou seja, presentes apenas neste continente.

"Esses resultados destacam a vulnerabilidade da diversidade de espécies de árvores do mundo", escreveram os autores do estudo, particularmente diante do "uso antropogênico da terra e do clima futuro".

"Perder regiões de floresta com essas espécies raras terá um impacto direto e potencialmente de longo prazo na diversidade global de espécies e sua contribuição para os serviços ecossistêmicos", acrescentaram.

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