Estudo confirma maior risco de trombose com vacina anticovid da AstraZeneca; casos são muito raros
Trombocitopenia é uma forma de trombose, ou seja, a formação de um coágulo sanguíneo com consequências potencialmente mortais.
Os casos de trombose são mais frequentes depois da aplicação da vacina anticovid da AstraZeneca do que do imunizante da Pfizer/BioNTech, embora os casos sejam muito raros, diz um estudo publicado nesta quinta-feira (27, noite de quarta em Brasília).
"Depois de uma primeira dose [da vacina AstraZeneca], observa-se um risco 30% maior de trombocitopenia em comparação com uma primeira dose [da vacina da Pfizer/BioNTech]", assinala o estudo em larga escala publicado pelo British Medical Journal (BMJ).
A trombocitopenia é uma forma de trombose, ou seja, a formação de um coágulo sanguíneo com consequências potencialmente mortais.
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Após o lançamento de campanhas de vacinação contra a covid-19 desde 2021, rapidamente se suspeitou de um vínculo entre as vacinas de vetores adenovirais - AstraZeneca e Johnson & Johnson - e o surgimento desses problemas sanguíneos.
O estudo, realizado a partir de dados sanitários de milhões de pacientes em vários países de Europa e Estados Unidos, confirma que essas tromboses são mais frequentes após a vacina da AstraZeneca, mas, mesmo assim, são muito raras: 862 casos para mais de um milhão de vacinados.
O risco parece aumentar depois da primeira dose. Depois da segunda, não há diferença entre as vacinas AstraZeneca e Pfizer/BioNTech.
Já sobre a vacina da Johnson & Johnson, os dados indicam maior risco, mas não de uma forma suficientemente clara para que os pesquisadores pudessem tirar conclusões.
O estudo confirma, essencialmente, "que todas as vacinas [anticovid] são seguras e eficazes", disse à AFP a microbióloga Sarah Pitt, ao destacar a frequência "extremamente rara" de casos de trombocitopenia.