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Vacina

Estudo em vida real aponta eficácia de 98% da Coronavac contra morte por Covid na Indonésia

O estudo apontou, ainda, além da alta proteção contra mortes e internações, uma prevenção de 94% da vacina contra casos sintomáticos

Doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês SinovacDoses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac - Foto: Hélia Scheppa/SEI

A Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, apresentou uma taxa de efetividade, ou seja, eficácia na vida real, de 98% contra mortes e de 96% contra hospitalização por Covid-19 em profissionais da saúde na Indonésia.

Os resultados são a partir do uso em 128.290 médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde da linha de frente em Jacarta, capital do país asiático. Eles receberam o imunizante entre janeiro e março deste ano.

O estudo apontou, ainda, além da alta proteção contra mortes e internações, uma prevenção de 94% da vacina contra casos sintomáticos de Covid.

Os dados, que ainda não publicados oficialmente, foram anunciados nesta quarta-feira (12) pelo coordenador do estudo e autoridade em saúde no país, Pandji Dhewantara.

A pesquisa comparou as pessoas vacinadas com aquelas não vacinadas. Em janeiro, 64 profissionais de saúde morreram no país de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por Covid, o maior número desde o início da pandemia. Esse número caiu pela metade em fevereiro (um mês após o início da imunização) e para um oitavo em abril -quando foram vacinados 20 milhões de pessoas em todo o país.

A Indonésia tem uma população de 181 milhões de pessoas e contabilizou, até esta quarta, 1,7 milhão de casos de Covid e 45.090 mortes. Os profissionais de saúde do país foram fortemente afetados pela pandemia, com quase mil mortes nesse grupo até o dia 22 de abril.

O país decidiu iniciar a campanha de vacinação pela população mais jovem, como forma de incentivar a imunização, que enfrentava rejeição principalmente entre aqueles abaixo dos 30 anos.

Os resultados promissores, ainda que preliminares, dão um bom indicativo de como a vacina deve se comportar em outros países, uma vez que os estudos de fase 3 (a última antes da aprovação) da Coronavac apresentaram taxas de eficácia distintas.

Na Turquia, essa taxa foi de quase 92%, embora o número de participantes ali tenha sido muito pequeno (cerca de 1.300 pessoas), enquanto na Indonésia ela havia sido estimada em 65%.

No Brasil, o estudo chamado Profiscov, que avaliou 12 mil profissionais de saúde com idades entre 18 e 65 anos, apontou uma eficácia global de 50,7% do imunizante contra casos sintomáticos de Covid e de 84% contra hospitalizações.

Não houve casos de morte reportados, embora a taxa de eficácia para esse desfecho ainda não tivesse sido estatisticamente significativa. Se aplicada com um intervalo maior entre as doses, de mais de 21 dias, a Coronavac gera uma proteção de cerca de 64%.

À semelhança do estudo da Indonésia, um estudo brasileiro procura buscar a efetividade do fármaco, produzido no país pelo Instituto Butantan, na população geral.

Desenvolvido em Serrana, o estudo espera obter a taxa de proteção da vacina a partir da imunização de toda a população acima dos 18 anos no município no interior de São Paulo. A vacinação em massa já foi concluída e o Butantan espera fechar os resultados até o final deste mês.

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