Estudo mostra os melhores países para as mulheres viverem; Brasil está em 80º lugar
A pesquisa é baseada em dados que medem a inclusão das mulheres, acesso à justiça e segurança em 170 países
O estudo “Women, Peace and Security Index”, criado pelo Instituto para Mulheres da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, aponta que o Brasil é o 80º colocado em um ranking que analisa os países em que as mulheres têm mais qualidade de vida. A pesquisa é baseada em dados que medem a inclusão das mulheres, acesso à justiça e segurança em 170 países. O País está empatado com Fiji e Suriname.
A pesquisa aponta a situação da mulher em três categorias: inclusão, com foco em economia, educação, emprego, social e política; justiça, leis e discriminação; e segurança, nos âmbitos individual, comunitário e social, além de mais nove indicadores.
A Noruega ocupa o 1º lugar no ranking, com uma pontuação de 0,922. Em seguida, aparecem os seguintes países: Finlândia (0,909); Islândia (0,907); Dinamarca (0,903); Luxemburgo (0,899); Suíça (0,898); Suécia (0,895); Áustria (0,891); Reino Unido (0,888); e a Holanda (0,885).
“As grandes conquistas nas frentes de inclusão e justiça podem ser atribuídas, pelo menos em parte, a políticas públicas que promovem um modelo de dupla renda. Nos cinco países nórdicos, as diferenças de gênero na participação da força de trabalho são pequenas. Também garantem a licença parental para mães e pais”, destaca o relatório.
Na classificação dos países com os índices mais baixos, o Afeganistão está em 1º lugar, com uma pontuação de 0,278. Em seguida, aparecem a Síria (0,375); o Iémen (0,388); Paquistão (0,476); Iraque (0,516); Sudão do Sul (0,541); Chade (0,547); República Democrática do Congo (0,547); Sudão (0,556); e Serra Leoa (0,563).
De acordo com o estudo, os dez países com os piores rankings têm semelhanças. Neles as mulheres, em média, não concluíram além da escola primária, pelo menos 16% das mulheres sofreram violência do parceiro em 2021. Além disso, uma em cada três tem acesso à sua própria conta bancária.
Já o Brasil, obteve uma média de 0,734. A média global é de 0,721.
A pandemia da Covid-19 ampliou as desigualdades sociais existentes em todo o mundo, de acordo com a diretora-gerente do estudo, Jeni Klugman. “Para as mulheres, os principais desafios se agravaram em várias frentes, como conciliar empregos remunerados e nos encargos de cuidados, e exacerbou as ameaças à segurança”, destaca.
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Sobre o Instituto
De acordo com o relatório, o Instituto para Mulheres, Paz e Segurança da Universidade de Georgetown busca “promover um ambiente mais estável e um mundo pacífico e justo, concentrando-se no importante papel que as mulheres desempenham na prevenção de conflitos e na construção da paz, no crescimento da economia e no enfrentamento às ameaças globais como as mudanças climáticas e o extremismo violento”.