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PESQUISA

Estudo revela como os diferentes tipos de amor ativam o cérebro; entenda

De acordo com os pesquisadores, a categoria que causou a maior atividade cerebral registrada foi o amor pelos filhos (parental)

Foto: @ademirweb1/Freepik

O amor, considerado um sentimento universal, é definido pela ciência como um processo neurológico que ocorre no cérebro humano.

No vocabulário comum, ele pode ser usado para descrever o carinho pelo animal de estimação à devoção sentida em relação a um parceiro romântico.

Por isso, cientistas finlandeses buscaram uma maneira de mostrar como seis tipos de amor ativam diferentes áreas cerebrais.

Foram analisados seis tipos de amor. Foto: Freepik

"O amor está intimamente ligado a sentimentos e comportamentos relacionados ao apego. Embora o conceito de apego seja frequentemente associado principalmente ao vínculo de pares e/ou cuidado parental, o fenômeno humano do apego abrange uma gama mais ampla de relações e objetos", escreveram os autores sobre a sua definição do "amor".

A atividade do amor no cérebro
Para despertar o sentimento, 55 participantes (que já foram pais e estavam em relacionamentos) ouviram breves histórias relacionadas a seis tipos diferentes de amor: pelo parceiro romântico, filhos, amigos, estranhos, animais de estimação e natureza.

Para chegar visualizar a atividade cerebral causada por estas maneiras de sentir amor, os cientistas utilizaram imagens obtidas a partir da técnica de ressonância magnética funcional (fMRI).

De acordo com as evidências encontradas pela equipe, o tipo de amor que causou a maior atividade cerebral registrada foi o amor pelos filhos (parental), seguido de perto pelo amor romântico.

O tipo de amor que causou a maior atividade cerebral registrada foi o amor pelos filhos (parental). Foto: Freepik

"No amor parental, houve ativação profunda no sistema de recompensa do cérebro na área do estriado enquanto imaginava o amor, e isso não foi visto em nenhum outro tipo de amor", afirma Pärttyli Rinne, filósofo e pesquisador da Universidade Aalto, na Finlândia, que coordenou o estudo publicado na revista científica Córtex Cerebral.

Estes amores, relacionados a pessoas próximas, ativou mais áreas do cérebro do que o amor compassivo por estranhos. Por outro lado, todos os tipos de amor interpessoal ativaram áreas do cérebro associadas à cognição social.

"O padrão de ativação do amor é gerado em situações sociais nos gânglios da base, na linha média da testa, no precuneus e na junção temporoparietal nas laterais da parte de trás da cabeça", aponta o pesquisador.

Diferente do amor pela natureza, que consegue ativar o sistema de recompensa e as áreas visuais do cérebro, mas não as áreas sociais do cérebro. Já o amor por animais de estimação pode ser diferenciado entre aqueles que tem um pet ou não justamente pela capacidade de ativar as regiões cerebrais voltadas à sociabilidade.

"Ao olhar para o amor por animais de estimação e a atividade cerebral associada a ele, as áreas cerebrais associadas à sociabilidade revelam estatisticamente se a pessoa é ou não dona de um animal de estimação. Quando se trata de donos de animais de estimação, essas áreas são mais ativadas do que com não donos de animais de estimação", esclarece Rinne.

Foto: Freepik

Este trabalho é o desdobramento da linha de pesquisa sobre amor da equipe. O grupo lançou uma pesquisa mapeando as experiências corporais de amor dos sujeitos há um ano, com o estudo anterior também vinculando as experiências físicas mais fortes de amor com relacionamentos interpessoais próximos.

"Sugerimos que a experiência do amor é moldada por fatores biológicos e culturais, originados de mecanismos neurobiológicos fundamentais de apego", concluem.

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