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SAÚDE

Estudo sugere que prática de atividades físicas pode estar associada à redução do risco de Alzheimer

De acordo com pesquisa, com práticas e rotinas de atividades físicas, pessoas apresentam um aumento do volume cerebral em áreas associadas à memória e ao aprendizado

Foto: Freepink

O Journal of Alzheimer's Disease publicou recentemente um estudo no qual se destaca a relação entre a prática regular de atividade física e o aumento de áreas cerebrais cruciais para a memória e o aprendizado.

Com análise de exames de ressonância magnética cerebral em mais de 10 mil pessoas, a pesquisa identificou uma correlação entre a prática de atividade física regular - como caminhada, corrida e outros esportes - e um aumento nos volumes cerebrais em áreas fundamentais.

De acordo com o pesquisador principal do projeto, Cyrus A. Raji o estudo usa como bases pesquisas anteriores que fortificam essa hipótese e ajudaram na recente descoberta.

— Ser fisicamente ativo é bom para o cérebro. O exercício não apenas reduz o risco de demência, mas também ajuda a manter o tamanho do cérebro, o que é crucial à medida que envelhecemos —, explicou Cyrus.

Os resultados reforçam a importância da atividade física como um fator contribuinte para a saúde cerebral e destacam os benefícios de uma rotina ativa na promoção da função cognitiva e na prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. As pessoas que mantinham rotinas de atividades físicas e exercícios regulares apresentaram um aumento do volume cerebral em áreas associadas à memória e ao aprendizado.

É importante ressaltar que a prevenção da deterioração cognitiva envolve uma série de fatores, incluindo estímulos intelectuais, controle de fatores de risco como hipertensão, diabete e tabagismo, além da prática regular de atividade física e interações sociais, entre outros aspectos.
 

De acordo com a equipe, ainda não há um estudo conclusivo que estabeleça uma relação direta do hipocampo ampliado e melhores capacidades de memória, visto que outras estruturas também desempenham funções cognitivas. Apesar das evidências, o estudo segue em fase de desenvolvimentos futuros que deverão trazer mais certezas às hipóteses dos pesquisadores.

Segundo médico e coautor do estudo, David Merrill, as atividades físicas mais brandas já se apresentam como uma alternativa viável de melhoria e cuidado da cognição.

— Descobrimos que mesmo níveis moderados de atividade física, como dar menos de 4 mil passos por dia, podem ter um efeito tão positivo na saúde do cérebro quanto os 10 mil passos frequentemente sugeridos, tornando-se uma meta mais alcançável para muitas pessoas — detalhou Merrill.

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