"Eu estava dormindo e acordei com a mão dele no meio das minhas pernas", disse mãe de Deolane
Acusado do crime, um garoto de programa está preso e vai passar por audiência de custódia
Após acordar e notar que era acariciada por W. C. Z. R., de 22 anos, Solange Alves Bezerra Santos, de 54, mãe de Deolane Bezerra, advogada e viúva do MC Kevin, começou a gritar e alertou as duas filhas – as também advogadas Daniele Bezerra Santos e Dayanne Bezerra Santos, irmãs de Deolane, que voltavam do Rio junto com a vítima – o que havia acontecido.
O homem, que disse à Polícia Civil de São Paulo que é garoto de programa, afirmou que estava dormindo e a mão escorregou para o colo de Solange. Ele negou categoricamente que havia cometido o crime. Antes de ser preso em flagrante pela Polícia Militar paulista por importunação sexual, houve confusão, e Daniele chegou a partir para cima de W. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Lavrinhas, também no interior de Sao Paulo, chegou a ser chamada para a ocorrência. No entanto, o registro foi feito pela PM.
Natural de Palmas, no Tocantins, o acusado contou em depoimento que, atualmente, morava no Rio de Janeiro e sua profissão era de garoto de programa. Ele, que não tinha documentação, contou que seguia para a capital paulista para um atendimento. O suspeito contou uma versão diferente na delegacia de Queluz, o motivo do delegado regional decretar sua prisão em fragrante.
Solange Alves Bezerra Santos havia passado o fim de semana na capital fluminense e voltava para casa após um de seus irmãos sofrer um acidente na cidade de Vitória de Santo Antão, no interior de Pernambuco. Como não havia conseguido passagem de avião para a capital paulista, a vítima e as filhas voltaram de ônibus. Em seguida a vítima seguiria para o Nordeste.
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W. C. Z. R., na Rodoviária Novo Rio, não teria apresentado documento de identificação ao requerer o bilhete. No entanto, funcionários da Expresso do Sul deram uma autorização, assinada à mão na nota fiscal da compra da passagem, para que o garoto de programa viajasse com destino à capital paulista.
O bilhete, de semi-leito, foi expedido as 1h32 e custou R$ 134,99. O acusado pagou R$ 200 em dinheiro e recebeu R$ 65,01 de troco. Ele foi informado que sentaria na poltrona 44. Trinta minutos depois o coletivo deixou a capital fluminense. Pouco depois das 5h10, o crime teria acontecido.
Após o ataque, ainda nervosa, Solange teria dito aos passageiros que seguravam o homem: “Eu estava dormindo e acordei com a mão dele no meio das minhas pernas”.
Depois de prestarem depoimento, a vítima e as filhas foram liberadas e seguiram para São Paulo. Já W seguiu para o Fórum de Queluz para a audiência de custódia que acontecerá na tarde desta segunda-feira.
O Globo procurou a assessoria de imprensa de Deolane Bezerra, que ainda não se pronunciou. A Expresso do Sul também foi procurada e não informou porque um passageiro sem identificação pôde embarcar.