EUA acredita que é 'muito cedo' para saber se Rússia negocia 'a sério' sobre Ucrânia
Os países ocidentais acusam a Rússia de concentrar militares na fronteira com a Ucrânia nas últimas semanas para preparar um ataque contra o país, o que Moscou nega
A Casa Branca advertiu nesta terça-feira (11) que ainda é "muito cedo para dizer se os russos [...] estão dispostos a negociar a sério", um dia depois das negociações entre Estados Unidos e Rússia em Genebra, que não apaziguaram as tensões em torno da Ucrânia.
A Rússia pode "usar essas negociações como pretexto de que a diplomacia não funciona" e continuar com suas ações "agressivas", declarou a secretária de Imprensa, Jen Psaki, em entrevista coletiva a bordo do avião que leva o presidente Joe Biden ao estado da Geórgia, no sul do país.
"A relação da Otan com a Ucrânia só concerne à Ucrânia e aos 30 aliados da Otan", repetiu.
Moscou exige que a Otan feche as portas para a Ucrânia para sempre, um pedido que Washington considera inaceitável.
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A Ucrânia, por sua vez, saudou hoje a "unidade" de suas posições com a dos países ocidentais frente ao que chamou de "ultimatos" da Rússia.
"As conversas em Genebra mostraram que nossa força repousa na unidade e na coerência de nossas posições frente [...] aos ultimatos russos", disse por telefone o ministro de Relações Exteriores ucraniano ao secretário de Estado americano Antony Blinken, segundo um comunicado da chancelaria em Kiev.
A vice-secretária de Estado americana, Wendy Sherman, se reuniu na segunda-feira na Suíça com o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov.
A negociação, tensa e que durou mais de sete horas, não permitiu progressos sobre a Ucrânia, mas, ao final, as delegações afirmaram estar interessadas em continuar o diálogo.
Os países ocidentais acusam a Rússia de concentrar 100.000 militares na fronteira com a Ucrânia nas últimas semanas para preparar um ataque contra o país, o que Moscou nega, e ameaçam impor fortes sanções econômicas em caso de agressão.