EUA acusa forças paramilitares sudanesas de "genocídio"
O conflito entre o Exército sudanês e as FAR paramilitares começou em abril de 2023
O governo dos Estados Unidos acusou nesta terça-feira (7) o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) de “genocídio” na região de Darfur, no oeste do Sudão, e impôs sanções ao líder do grupo.
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, disse que a determinação foi baseada em informações de que “eles sistematicamente matavam homens e meninos e estupravam mulheres e meninas por causa de sua etnia”.
Em um comunicado, o Departamento de Estado anunciou sanções contra Mohamed Hamdan Daglo, conhecido como Hemedti, “por seu papel em atrocidades sistemáticas cometidas contra o povo sudanês”.
Leia também
• EUA inclui gigante da tecnologia Tencent na lista de 'empresas militares chinesas'
• Sudão do Sul anuncia retomada de produção de petróleo após quase um ano de interrupção
• ONU alerta que mais de 30 milhões de pessoas precisam de ajuda no Sudão
Além disso, sete empresas ligadas às FAR e acusadas de envolvimento em seu financiamento e na compra de equipamentos militares foram sancionadas.
O conflito entre o Exército sudanês e as FAR paramilitares começou em abril de 2023.
Dezenas de milhares de pessoas foram mortas e mais de oito milhões foram deslocadas internamente, tornando o Sudão o cenário da maior crise de deslocamento interno do mundo.
As Nações Unidas afirmam que mais de 30 milhões de pessoas - mais da metade delas crianças - precisam de assistência no Sudão após 20 meses de guerra.
O Departamento do Tesouro dos EUA revelou nesta terça-feira suas próprias sanções contra Hemedti, acusando as FAR de se envolverem em “um conflito armado brutal com as Forças Armadas Sudanesas pelo controle do Sudão”.