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GUERRA ISRAEL-HAMAS

EUA alerta Israel que ofensiva no sul de Gaza deve evitar deslocamentos em massa

Israel planeja continuar a guerra contra o grupo islamista palestino Hamas assim que a atual trégua expirar

Faixa de GazaFaixa de Gaza - Foto: John MacDougall/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou Israel que a ofensiva planejada no sul de Gaza deve evitar o deslocamento em massa de civis que ocorreu durante o bombardeio no norte do território palestino, informaram as autoridades americanas.

Israel planeja continuar a guerra contra o grupo islamista palestino Hamas assim que a atual trégua expirar, mas autoridades do governo americano disseram a jornalistas que a próxima ofensiva deve evitar atacar refúgios da ONU, hospitais e centrais de energia e abastecimento de água.

"O tipo de deslocamento que ocorreu no norte não pode se repetir no sul", disse uma autoridade americana a repórteres na noite de segunda-feira, com a condição de que a informação não fosse divulgada até esta terça (28).

"É muito importante que, quando a campanha israelense se deslocar para o sul, o faça de uma forma que, na medida do possível, não seja concebida para produzir novos deslocamentos significativos de pessoas", alertou.

A autoridade acrescentou que o presidente e a sua equipe transmitiram essa mensagem de forma "muito clara" ao governo israelense e que este tem sido "receptivo" aos avisos.

Estima-se que 1,7 milhão de pessoas em Gaza tenham sido deslocadas pela ofensiva lançada por Israel em resposta aos ataques de 7 de outubro do Hamas, segundo a ONU. Israel afirma que 1.200 pessoas morreram e cerca de 240 foram sequestradas nos ataques.

A operação de retaliação de Israel na Faixa de Gaza matou quase 15 mil pessoas, a maioria civis, segundo o governo do Hamas no território.

Três voos militares dos EUA com ajuda para Gaza começaram a chegar ao Egito nesta terça-feira, e Washington afirmou que tenta obter o máximo possível de provisões e itens durante a trégua.

O governo Biden apoiou fortemente Israel, aliado dos EUA, mas expressou descontentamento com a quantidade de vítimas civis.

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