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"Nosso Oceano"

EUA anuncia diálogo com Panamá e Fiji para criar "corredores" marítimos ecológicos

O anúncio foi feito pelo enviado especial para o clima da Casa Branca, John Kerry, na abertura da conferência mundial dos oceanos

O Enviado Presidencial Especial dos EUA para o Clima, John Kerry, chega para fazer um discurso no dia de abertura da Conferência Nosso Oceano no Centro de Convenções do Panamá na Cidade do Panamá em 2 de março de 2023O Enviado Presidencial Especial dos EUA para o Clima, John Kerry, chega para fazer um discurso no dia de abertura da Conferência Nosso Oceano no Centro de Convenções do Panamá na Cidade do Panamá em 2 de março de 2023 - Foto: Luis Acosta / AFP

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Estados Unidos, Panamá e Fiji iniciaram conversas para criar corredores marinhos ecológicos para o trânsito de navios, anunciou, nesta quinta-feira (2), o enviado especial para o clima da Casa Branca, John Kerry, na abertura da conferência mundial dos oceanos no Panamá.

"Estamos encantados de anunciar que, junto com Panamá, Fiji e a Associação de Transporte Marítimo Pacific Blue, estamos participando de uma cooperação técnica para ajudar a facilitar corredores ecológicos de transporte marítimo em nossas regiões", disse Kerry em discurso na conferência Our Ocean ("Nosso Oceano", em inglês).

Em um comunicado, a embaixada dos Estados Unidos no Panamá explicou que os países envolvidos "buscam realizar um projeto factível que ajude a explorar o potencial deste tipo de iniciativa".

Para implementá-lo, os três países "vão colaborar com atores relevantes da comunidade científica, da indústria marítima, organizações ambientais e comunidades costeiras", acrescentou a embaixada americana.

Os corredores marinhos ecológicos são rotas entre diferentes portos que limitam o trânsito de navios aos que emitem zero ou baixas emissões de carbono, segundo especialistas.

Seu objetivo é evitar a poluição e a emissão de gases do efeito estufa, um dos fatores que causam o aquecimento global.

Os corredores também buscam evitar a pesca ilegal e restringir a atividade pesqueira para proteger as espécies marinhas.

"Há numerosos barcos no oceano. Não vou citar os países, mas [esses barcos] estão apoiados por países, e temos mais de 10 mil embarcações que navegam por estuários oceânicos, baías, comunidades de nosso mundo que pescam ilegalmente no oceano", assinalou Kerry, que foi secretário de Estado dos EUA na gestão Barack Obama.

A Organização Marítima Internacional busca reduzir as emissões de carbono em pelo menos 50% em 2030, e 70% em 2050, em comparação com os níveis de 2008.

O Panamá, que possui um canal interoceânico, cujo principal usuário são os Estados Unidos, é o país com o maior registro de navios mercantes do mundo.

Mais de 600 delegados, entre ministros, especialistas e filantropos estão reunidos na conferência do Panamá e buscam alcançar compromissos para a proteção dos oceanos e das espécies marinhas.

"O oceano agora enfrenta a poluição por plásticos, que entram em nossas águas, [...] se degradam, se transformam em microplásticos [...] que são absorvidos por peixes e mamíferos que estão na água e, por último, entram em nosso corpo", lamentou Kerry.

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