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EUA anuncia mais sanções contra defesa russa

As sanções apontam para quase 400 pessoas e entidades "cujos produtos e serviços permitem à Rússia sustentar seu esforço bélico e evadir as sanções"

Estados UnidosEstados Unidos - Foto: Kevin Dietsch / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Os Estados Unidos anunciaram, nesta sexta-feira (23), mais sanções contra quase 400 pessoas e entidades na Rússia e em outros países vinculados à guerra na Ucrânia.

As medidas anunciadas por três departamentos, o do Tesouro, de Estado e de Comércio, se somam a outras sanções impostas à Rússia por ter invadido a Ucrânia.

"A Rússia tornou sua economia uma ferramenta a serviço do complexo militar-industrial do Kremlin", disse o sub-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, em um comunicado.

"As ações do Tesouro de hoje continuam implementando os compromissos assumidos pelo presidente (Joe) Biden e seus homólogos do G7 para interromper as redes de suprimento e os canais de pagamento da base militar-industrial da Rússia", acrescentou.

As sanções apontam para quase 400 pessoas e entidades "cujos produtos e serviços permitem à Rússia sustentar seu esforço bélico e evadir as sanções", segundo um comunicado.

Entre os sancionados estão 60 empresas de defesa e tecnologia com sede na Rússia "fundamentais para a sustentação e desenvolvimento da indústria de defesa da Rússia", acrescentou o Tesouro.

O Departamento de Estado tem na alça de mira o Arctic LNG-2, um projeto de terminal de gás natural liquefeito de petróleo cujo objetivo declarado é produzir cerca de 20 milhões de toneladas por ano, assim como o terminal previsto em Yakutia, no extremo oriente da Rússia, que se espera que produza cerca de 18 milhões de toneladas ao ano.

Cerca de cem pessoas apontadas estão radicadas fora da Rússia, principalmente na China, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Suíça, e elas são acusadas de ajudar a Rússia e suas empresas a driblarem as sanções já vigentes desde o início do conflito na Ucrânia.

O Departamento de Estado também tem intenção de se centrar mais nas empresas chinesas alvo das sanções, quinze das quais são acusadas de seguir fornecendo componentes à indústria russa.

Também se veem afetados vários institutos de pesquisa na Rússia, como o do Ministério da Defesa.

Essas medidas englobam o congelamento dos ativos que os sancionados possuem direta ou indiretamente nos Estados Unidos, assim como a proibição de que qualquer pessoa ou empresa americana faça negócios com eles.

Os sancionados também não poderão entrar nos Estados Unidos.

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