EUA anunciam programa para formar 500 mil profissionais de saúde nas Américas
O programa vem após Covid-19, que teve um efeito devastador na América Latina e Caribe, com mais de 2,7 milhões de mortos, que representa mais de 40% das vítimas fatais registradas no planeta
O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira um novo Corpo de Saúde das Américas para capacitar a 500 mil profissionais da saúde na região em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), após a pandemia de Covid-19.
A capacitação em saúde custará 100 milhões de dólares, dos quais Washington pagará uma parte.
Trata-se principalmente de "fornecer habilidades mais avançadas aos profissionais de saúde existentes (...) no âmbito da pesquisa, da prestação de serviços e, até certo ponto, da administração da saúde pública", explicou uma fonte do governo que solicitou anonimato durante uma teleconferência.
O Corpo de Saúde funcionará como um consórcio e será associado a instituições acadêmicas nos Estados Unidos e em toda a região para aproveitar e ampliar os programas de capacitação existentes do governo dos Estados Unidos e da OPAS, o escritório regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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A Covid-19 teve um efeito devastador na América Latina e Caribe, com mais de 2,7 milhões de mortos, o que representa mais de 40% das vítimas fatais registradas no planeta - a OMS acredita que o número real é ainda maior.
A pandemia "nos mostrou as muitas rachaduras em nossos sistemas de saúde globais e destacou a importância de sistemas de saúde fortes e resilientes", afirma um comunicado da Casa Branca.
A China aproveitou o contexto da pandemia para ganhar influência em uma região onde se tornou o primeiro ou segundo parceiro comercial de muitos países. Pequim também distribuiu vacinas anticovid.
Cuba também enviou médicos para trabalhar no exterior, o que irritou o governo do ex-presidente americano Donald Trump, que reagiu com a suspensão do financiamento da OPAS por supostos vínculos com esta prática.
A Casa Branca fez o anúncio algumas horas de o presidente Joe Biden pronunciar um discurso na Cúpula das Américas, em Los Angeles, uma reunião marcada por polêmicas devido à ausência de vários chefes de Estado, como o do México, em protesto contra a exclusão dos governantes da Venezuela, Nicarágua e Cuba.