EUA aprova nova ajuda militar à Ucrânia, incluindo lança-foguetes
Novo pacote de US$ 270 milhões inclui 4 foguetes de precisão Himars
Os Estados Unidos aprovaram, nesta sexta-feira (22), um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de US$ 270 milhões, incluindo quatro sistemas de lançamento de foguetes de precisão Himars.
A Rússia "lançou ataques mortais em todo o país, acertando centros comerciais e prédios de apartamentos, matando civis ucranianos inocentes", disse à imprensa o porta-voz da Casa Branca, John Kirby.
"Diante dessas atrocidades, o presidente [John Biden] deixou claro que vamos seguir apoiando o governo da Ucrânia e seu povo durante o tempo que for necessário", declarou.
A nova ajuda elevará a 20 o número de sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade M142 enviados à Ucrânia, que indicou que os Himars, que podem atacar com precisão alvos em um raio de 80 quilômetros, já permitiram sucessos militares contra a Rússia.
O pacote inclui também até 500 Phoenix Ghost, drones pequenos e portáteis que detonam sobre seus alvos, assim como 36 mil cartuchos de munição de artilharia e quatro postos de comando de veículos blindados, que podem funcionar como um centro de operações no campo de batalha.
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Grande parte dessa ajuda, ainda que não toda, vem de um pacote de US$ 40 bilhões aprovado para a Ucrânia pelo Congresso em maio.
O ministro de Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, manifestou no início da semana sua esperança de que os Estados Unidos forneçam até 100 unidades Himars, dizendo que poderiam mudar o rumo da guerra a favor de seu país.
No entanto, o presidente americano colocou um limite no envio de foguetes de longo alcance por temor de que a Ucrânia possa atingir alvos dentro do território russo, potencialmente levando os EUA a se envolverem mais diretamente na guerra.
Biden "acredita que, embora um objetivo-chave dos Estados Unidos seja fazer o que for necessário para apoiar e defender a Ucrânia, outro objetivo-chave é garantir que não acabemos em uma circunstância em que nos encaminhamos para uma Terceira Guerra Mundial", explicou o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, no fórum de segurança em Aspen.
"Mas movimentamos bilhões de dólares em equipamentos a uma taxa que qualquer análise histórica razoável consideraria extremamente rápida, e continuaremos a fazê-lo", acrescentou Sullivan.